Varejo precisa adotar medidas de prevenção para evitar perdas nos negócios

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Erros operacionais e administrativos, furtos e problemas em geral foram responsáveis por perdas de R$ 7,11 bilhões aos supermercados brasileiros em 2016, valor que corresponde a 2,1% do faturamento do setor. A taxa de perdas superou o registrado em 2015, quando foi de 1,96%, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Os dados fazem parte do 17º Estudo Nacional sobre Prevenção de Perdas nos Supermercados, pesquisa realizada com 339 empresas do setor que, juntas, somam R$ 58 bilhões em receita.

As perdas no varejo ocorrem por diversos motivos. Os dados apontam que os principais são quebras operacionais (29%), furto externo (18%), erros de inventário (15%), outros ajustes (13%), erros administrativos (9%), furto interno (8%) e problemas com fornecedores (8%).

Percebe-se que a maior parte das perdas está relacionada às quebras operacionais, que muitas vezes dependem da destreza e do cuidado dos próprios colaboradores.

Os furtos externos, segunda principal causa das perdas do setor, têm como destaque os roubos de carnes (20%), bebidas alcoólicas e bebidas em geral (20%), celulares, smartphones e eletrônicos (13%), e perfumaria (12%). As ocorrências desse tipo costumam ser registradas com mais frequência em tempo de recessão econômica.

O varejo brasileiro trabalha com margens de lucro estreitas. Com isso, as perdas relacionadas a roubos, furtos e problemas operacionais comprometem a rentabilidade do negócio, impactando até mesmo a sobrevivência da empresa.

Dessa maneira, para que o varejo possa reduzir o porcentual de perdas, é necessário adotar medidas de prevenção, que passam pela revisão dos processos organizacionais, dos procedimentos interno e externo, dos mecanismos de logística e dos controles financeiros. Contudo, segundo a pesquisa da Abras, 40,3% das empresas do setor não possuem departamento de prevenção de perdas, cuja função é acompanhar e combater esses problemas.

Além disso, contribuem para minimizar as perdas, a realização de inventários no decorrer do ano e a utilização de sistemas de segurança. De todo modo, essas atividades devem trazer resultados positivos somente com o empenho do quadro de funcionários. Um meio de engajar os empregados para atuar de maneira preventiva é adotar mecanismos eficazes de remuneração estratégica, com metas voltadas para a redução de perdas.

A estratégia deve ser muito bem planejada e precisa contemplar todos os principais pontos que geram perdas no negócio. Esse pode ser um bom caminho para que o varejista possa obter melhores resultados.

 

Fonte FecomerioSP
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