“Precisamos estar na cabeça, no coração e no bolso de todo mundo durante a crise”, diz Luiza Trajano

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O avanço da pandemia da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, freou a atividade econômica no Brasil colocando muitos profissionais e empresas em problemas financeiros graves. Alguns setores estão enfrentando grandes dificuldades como o de serviços e comércio.

Para Luiz Valente, CEO do Talenses Group, consultoria especializada em recrutamento, diante da gravidade da crise atual, de alguma forma, seja pela cadeia de fornecimento de insumos, sejam pelas condições macroeconômicas do mercado e clientes, ou pelas restrições gerais impostas pela pandemia, todos os setores estão ou serão afetados.

“Mas pensando a curto e médio prazo, acredito que alguns setores e segmentos da economia se mostram mais resilientes e com potencial de performarem relativamente bem durante a crise como é o caso da indústria de alimentos, de equipamentos médico-hospitalares, farmacêuticas, e-commerce, serviços de streaming, varejo alimentar, entre outros”, afirma

E diante disso, algumas empresas seguem contratando mesmo durante a crise que o país enfrenta. Os profissionais da área da tecnologia esão entre os mais requisitados no momento.

“As demandas neste momento apresentam um comportamento bastante difuso, mas de uma forma em geral estão ligadas às áreas administrativas-financeiras, tecnologia da informação e suporte operacional, especialmente ao segmento hospitalar”, explica Valente. Ele cita alguns cargos que estão em alta como gerentes e analistas de análises laboratoriais, desenvolvedores digitais (UX/UI), cientistas de dados, gerente de custos e controller.

Sobre uma retomada pós crise, o exeutivo acredita que ainda é cedo para tirar conclusões em função da dificuldade em se estimar a duração da quarentena e a profundidade dos impactos nas cadeias de abastecimento dos setores econômicos.

“A tendência parece apontar para um retomada lenta e gradual, a ser efetivamente iniciada ao final do 2º trimestre e início do 3º. A velocidade desta retomada pode ser alterada caso sejam discutidas e aprovadas as reformas tributária e administrativa, e a lei PPPs, PECs Emergencial e Pacto Federativo. Certamente veremos alguns setores da economia retomando mais rapidamente e outros que irão sofrer”, afirma.

Segundo ele, a quantidade de desempregados “infelizmente irá surgir e por consequência a diminuição de consumo por parte da população”.

“Setores como bens de consumo duráveis, construção, turismo, aviação, automotivo, indústrias de bens não essenciais já estão sofrendo com os impactos da crise e muito provavelmente irão ter uma retomada mais lenta. Por outro lado, setores de bens essenciais, tecnologia e saúde são setores que estão com alta demanda e farão com que a economia não pare totalmente”, complementa.

Fonte Estadão
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