Walmart prepara shopping de compras

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O Walmart.com está em fase final de desenvolvimento do seu shopping de compras online. A varejista já tem contrato fechado com empresas que devem ampliar o portfólio do site de “forma considerável”, aponta Flávio Dias, vice-presidente da operação de comércio eletrônico no Brasil.

Após cinco anos de mercado, o site da varejista global figura entre os líderes de audiência no comércio eletrônico nacional e, desde o início do ano, separou sua operação de internet do varejo físico. É neste período que o site deu seu grande salto, e chegou a dobrar sua audiência de um mês para outro.

A audiência do Walmart.com praticamente quintuplicou desde maio do ano passado, encurtando a distância entre os líderes Netshoes e Americanas.com. No período, as concorrentes também cresceram, mas em um ritmo menor: triplicaram, de acordo com dados da consultoria Comscore.

Para rentabilizar a audiência alcançada, o objetivo é ampliar as cerca de 20 categorias existentes com fornecedores nacionais e importados, principalmente as com grande crescimento, como bebês, utilidades domésticas e móveis.

Além disso, o site pretende entrar em novas categorias, como pet, vestuário, jóias, cosméticos, papelaria e livros, inclusive e-books.

Esse crescimento deve incluir parcerias exclusivas e também mercadorias de marca própria. “Serão produtos que talvez não tenham uma visibilidade tão grande, e podem usar a plataforma para serem divulgados”, conta Dias.

O objetivo é fisgar o consumidor em diferentes situações de consumo. “Seja do estoque do Walmart, de outra loja, algo que trouxemos da China ou outro país ou marca que desenvolvemos aqui”, define o executivo.

A empresa promete que terá controle rígido da operação para manter o padrão de atendimento. “Para o consumidor não interesse de onde está vindo o produto. O que importa é que vai ser atendido pela central do Walmart, e vai entrar no nosso site para acompanhar o pedido. Temos controle para saber quem está escorregando”.

Concorrência na frente

O shopping de compras será apresentado depois do lançamento do concorrente Extra.com, em abril passado. Inicialmente foram incluídas no site 24 novas lojas, em categorias como moda, pets, esportes, jóias e bebês.

As parcerias permitiram ao Extra dobrar seu sortimento e passar a oferecer um mix de cerca de 200 mil itens. A previsão é atingir uma gama superior a meio milhão de produtos até o final do ano.

Para o diretor da consultoria especializada em comércio eletrônico e-bit, Pedro Guasti, o conceito faz parte de uma tendência internacional que mira o sucesso da Amazon, que pode abrir operação no Brasil. “Mas parece que o site vem enfrentando problemas para conseguir replicar o modelo por aqui”.

O principal entrave é que, nos Estados Unidos, o operador logístico é responsável pela entrega, enquanto no Brasil os sites são coresponsáveis pela venda, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. Ou seja, a operação envolve riscos aos vendedores, principalmente se considerarmos problemas logísticos no País.

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