Via Varejo amplia vendas e reduz prejuízo no 2º trimestre

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As vendas líquidas da Via Varejo cresceram de forma mais acelerada — após trimestres anteriores de resultados mais fracos — com alta de 13,5% de abril a junho, para R$ 6,15 bilhões. As vendas totais da operação online pararam de cair e cresceram dois dígitos. Houve queda de 87% no prejuízo, de R$ 350 milhões para R$ 45 milhões, considerando a base de análise da operação já integrada, que inclui venda de lojas físicas e dos sites.

Ao se excluir os impactos de um acordo, concluído em julho, entre os sócios da família Klein e do Grupo Pão de Açúcar, envolvendo os passivos da Via Varejo, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 19 milhões para uma perda de R$ 488 milhões no mesmo período do ano anterior.

A margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda) subiu de 1,6% para 3,1% (a taxa ajustada foi de 0,6% para 5,8%). O valor do ebitda aumentou 117%, para R$ 190 milhões de abril a junho de 2017.

A margem bruta caiu de 33,3% para 31,2% — analistas projetavam taxa média de 30,5%. O grupo é formado da união de Casas Bahia e Ponto Frio.

A empresa ainda relatou um aumento pouco expressivo nas despesas operacionais, de 1,2%, inferior ao ritmo de expansão da receita. Além disso, as despesas financeiras caíram quase 30%, para R$ 305 milhões e as receitas financeiras subiram 22%, para R$ 110 milhões. Houve menor despesa com descontos de recebíveis.

No material, a empresa menciona “ganhos significativos de participação de mercado” e uma melhoria nas operações. O Valor apurou que parte desse ganho teria vindo de uma perda de mercado da Máquina de Vendas.

Foi registrado crescimento de dois dígitos nas vendas das lojas físicas pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2013 — as vendas de “mesmas lojas” (em operação há mais de 12 meses) subiram 10,8% de abril a junho.

A receita total dos sites (que incluem o “market place”, ou shopping virtual) subiram 22,5%, versus queda de 19,1% no ano anterior. No primeiro trimestre, essa operação já tinha crescimento, mas de um dígito (9%). Em 2016, as variações trimestrais eram negativas.

O grupo menciona ainda que registrou “o melhor Dia das Mães dos últimos anos” e “excelentes resultados” no Dia dos Namorados.

A Via Varejo ainda publicou no material dados em que compara os resultados de 2017 com os números do ano passado, mas sem incluir o desempenho da venda online em 2016. Isso porque o processo de integração da Cnova (operação de comércio eletrônico) começou a avançar na segunda metade de 2016. Portanto, no primeiro semestre, a Cnova ainda não fazia parte da empresa.

Considerando esse critério, as vendas líquidas do grupo sobem 41,7% de abril a junho. O prejuízo cai de R$ 89 milhões para R$ 45 milhões.

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