Vendas do varejo ficam estáveis em fevereiro ante janeiro, aponta IBGE

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As vendas do comércio varejista ficaram estáveis (0,00%) em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio ligeiramente abaixo da mediana (0,10%) estimada pelos analistas que esperavam desde uma queda de 1,40% a um avanço de 1,00%.

Na comparação com fevereiro de 2018, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,9% em fevereiro de 2019. Nesse confronto, as projeções iam de uma elevação de 1,40% a 6,00%, com mediana positiva de 3,00%.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 2,8% no ano. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 2,3%.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,8% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado também veio pior que a mediana (-0,3%) das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um recuo de 2,20% a uma alta de 5,30%. As vendas de Veículos, motos, partes e peças caíram 0,9%, enquanto o setor de Material de construção teve redução de 0,3%.

Na comparação com fevereiro de 2018, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 7,7% em fevereiro de 2019. Nesse confronto, as projeções variavam desde um recuo de 1,90% a uma alta de 10,80%, com mediana positiva de 7,80%.

Direções da atividade

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 5,4% no ano. Em 12 meses, o resultado foi de avanço de 4,9%.

Já o índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito teve queda de 0,6% em fevereiro de 2019. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o índice de média móvel trimestral das vendas registrou redução de 0,5% em fevereiro.

Quatro atividades do varejo em alta

Quatro entre as oito atividades do varejo registraram avanços nas vendas em fevereiro ante janeiro, apontou o IBGE. Na média global, houve estabilidade (0,0%) no volume de vendas.

Entre os setores em expansão, o destaque foi para Tecidos, vestuário e calçados (4,4%), seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%).

As perdas ocorreram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%), Combustíveis e lubrificantes (-0,9%), Móveis e eletrodomésticos (-0,3%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,0%).

Pulso da economia real

As vendas dos supermercados, atividade com maior peso na pesquisa, foram prejudicadas por uma elevação nos preços dos alimentos, informou Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no IBGE. “Os preços afetaram o desempenho de supermercados tanto na comparação com ajuste sazonal quanto na interanual”, observou ela.

Revisão de dados

O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo ampliado em dezembro de 2018 ante novembro, de uma queda de 1,7% para um recuo de 1,8%. O dado de novembro ante outubro foi revisto de alta de 1,3% para 1,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) referente a janeiro de 2019, divulgada nesta terça pelo IBGE.

Fonte Estadão
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