Varejo paulista fatura R$ 50,3 bilhões em março

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O comércio varejista do Estado de São Paulo faturou R$ 50,3 bilhões em março, alta de 4,3% na comparação com o mesmo mês de 2016. Isso significa que as vendas superaram em R$ 2,06 bilhões o valor apurado em março de 2016. No acumulado do primeiro trimestre, as vendas cresceram 2,6%, o que em termos monetários representa um faturamento R$ 3,7 bilhões acima do apurado no mesmo período do ano passado. Considerando os últimos 12 meses, as vendas registraram alta de 1,1%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Em março, o varejo apresentou alta nas vendas em 15 das 16 regiões analisadas pela Federação, com destaque para as regiões de Sorocaba (7,9%), Jundiaí (7,5%) e Araraquara (6,9%). Apenas na região de Osasco, o setor registrou recuo nas vendas de 2,7% em relação a março de 2016.

Das nove atividades pesquisadas, oito mostraram aumento no faturamento real, em março, com destaque para os segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (15,1%), farmácias e perfumarias (12,7%) e concessionárias de veículos (6,4%) que, em conjunto, contribuíram com 2,7 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral. Apenas o segmento de outras atividades (-1,0%) apresentou retração nas vendas, resultando em uma pressão negativa de 0,2 p.p. para as vendas do varejo em março.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, é importante salientar que os dados relativos a março foram obtidos antes do recente acirramento da crise política, ou seja, em ambiente econômico de maior tranquilidade. Eles revelam a continuidade da trajetória de recuperação do movimento varejista, ainda que de forma moderada, que se refletiu no índice de fechamento do primeiro trimestre – de 2,6% – o que não ocorria, para o mesmo período, desde 2014.

É relevante o fato da hegemonia dos resultados positivos, tanto em relação às atividades (oito em nove mostrando crescimento) quanto em termos regionais (15 dentre 16 apresentando aumento). Para a Entidade, isso sinaliza para uma relativa solidez na tendência de melhoria dos níveis de consumo que, certamente, é bastante positivo e alentador.

As circunstâncias presentes em março, tanto econômicas quanto políticas, estavam mais propícias e o comércio respondeu positivamente a esse cenário ancorado, basicamente, na combinação de variáveis importantes. Entre elas, quedas dos juros e da inflação, melhoria na renda agrícola e das exportações, resultados mais alentadores no âmbito da geração de emprego, além do início do saque dos recursos das contas inativas do FGTS.

Varejo paulistano
As vendas do varejo na capital paulista atingiram R$ 15,9 bilhões, alta de 6,4% na comparação com mesmo mês de 2016. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi a sétima maior cifra registrada pelo varejo paulistano em um mês de março. Com esses resultados, a taxa acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,8%.

Todas as nove atividades apresentaram crescimento em março, na comparação com o mesmo mês de 2016, com destaque para os segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (19,0%), farmácias e perfumarias (14,3%) e supermercados (4,3%) que, em conjunto, contribuíram com 3,8 p.p. para o resultado geral.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, pelo nono mês consecutivo a capital paulista mostrou um desempenho de vendas varejistas superior ao observado na média do Estado. O crescimento de 6,4% nas vendas em março também foi a maior taxa mensal registrada em 37 meses, desde fevereiro de 2014, e o maior faturamento para um mês de março desde 2013.

Da mesma forma como o observado, em termos de restrições e premissas, para as projeções elaboradas para o Estado, a Entidade acredita que a manutenção dessa trajetória permite traçar estimativas mais otimistas para o crescimento do varejo na capital. Persistindo essa tendência, a projeção da FecomercioSP aponta que o faturamento real anual do comércio paulistano pode alcançar 7,5% de crescimento em 2017, sendo que as estimativas estão sujeitas a ajustes de acordo com o desenrolar dos fatos atuais que marcam o cenário político.

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