Varejo brasileiro registra prejuízo bilionário com furtos

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No Brasil, perdas no comércio associadas a roubos, furtos e problemas operacionais provocam um prejuízo de cerca de 2,25% do faturamento líquido dos estabelecimentos. Os dados são do estudo anual do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR). De acordo com o levantamento nos supermercados, os produtos mais furtados são doces e bebidas com (50%) e calças e tênis em lojas de moda.

No panorama mundial, o varejo nacional registra as maiores perdas se comparado a países como Estados Unidos (1,27%), Holanda (1,48%), Finlândia (1,38%) e Alemanha (1,08%). Na média brasileira, os furtos internos e externos são os grandes vilões, itens como carnes (20%), bebidas alcoólicas e bebidas em geral (20%), celulares, smartphones e eletrônicos (13%) e perfumaria (12%) são os mais comuns em tempos recessão econômica.

Para o consultor Edmar Bulla, CEO da Croma Solutions, é preciso investir em um programa de prevenção de perdas, com medidas de controle contra esse tipo de prática. “Hoje em dia, temos softwares inteligentes, detectores de furtos e sistemas de CFTV (Circuito Interno de Televisão) que ajudam a coibir os furtos. Esse tipo de processo é importante para as lojas se preparem para datas sazonais com maior fluxo de pessoas como Dia das Mães, Dia das Crianças, Black Friday e Natal” explica Bulla.

Os segmentos que mais sofrem perdas são de varejo de moda com ocorrências externas, que representam 37,24%, seguido de magazines (34,21%), construção (21,86%) e setor calçadista (29,4%). Os roubos internos e externos totalizam 34,3%, à frente das quebras operacionais, que somam 33,11%. Funcionários e clientes são agentes de 70% dos furtos no comércio.

Desde 2015, Magazine Luiza, um dos maiores varejistas do Brasil, tem investido em prevenção de perdas com a instalação de cadeados eletrônicos em smartphones e tablets, reduzindo as perdas totais e registrando ganhos de R$ 86,6 milhões no acumulado de janeiro a dezembro de 2016. “Esse exemplo reforça a importância de monitorar produtos com alto valor agregado como eletroeletrônicos, com o uso de protetores acrílicos, sem comprometer a exposição, interação e experimentação do item.”

“Apesar da queda no índice de perdas nos últimos anos, a situação ainda é preocupante. E os comerciantes podem começar com a adoção de medidas simples como otimizar o layout de sua loja, com espelhos em áreas de ponto cego e iluminação adequada“, finaliza o consultor.

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