Varejo alimentar usa internet para criar opções de delivery

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Com o objetivo de ampliar o escopo de delivery e aumentar o tíquete médio, as redes de supermercado estabeleceram parcerias com a plataforma online Supermercado Now – iniciativa especializada na entrega de compras em domicílio na cidade de São Paulo. “Buscamos entender como a rede de supermercados quer a personalização e funcionamento da loja virtual. Pretendemos aumentar quatro vezes o raio de atuação da unidade”, afirmou o CEO da plataforma, Marco Zolet. De acordo com ele, a plataforma se posiciona como “um braço de vendas online” do varejo alimentar. Para Zolet, as parcerias são importantes no processo de fidelização do cliente tendo em vista que o cartão fica “salvo” na plataforma. Com isso, a expectativa é que num prazo de 12 meses, as vendas online tenham participação de 4% a 5% no volume total comercializado pelo varejista. Zorlet explica que a parceria funciona por meio da integração entre os sistemas de ERP dos negócios e que, dessa forma, a startup tem acesso às informações de estoque para fazer o gerenciamento dos produtos vendidos. Esse processo de personalização demora entre dois e dois meses e meio para ser terminar. No que diz respeito ao faturamento o empresário não divulgou números, disse apenas que a receita mensal já “ultrapassou R$ 1 milhão.”

Ele diz que as parcerias são também uma oportunidade para a plataforma ampliar sua área de atuação em bairros da região metropolitana de São Paulo. Uma das redes varejistas que iniciou parceria com a plataforma foi o St. Marche – controlado pelo fundo de venture capital L Catterton. “Estamos fazendo um teste piloto em quatro lojas da rede e agora vai começar a fase de ampliação para outras unidades”, afirmou o diretor de marketing do St. Marche, Rogério Bruxellas.

De acordo com ele, o sistema tradicional de delivery da rede contemplava apenas cinco lojas das 17 unidades ativas na capital paulista. A partir da iniciativa, o executivo diz a expectativa é que todas as operações contém com serviços de entregas até o final do ano. A expansão da capacidade de entrega se entenderá também para outras marcas controladas pela L Catterton, como por exemplo ao supermercado Eataly e Empório Santa Maria.“Em vigor há três meses, triplicamos o número de entregas”, afirmou Bruxellas, que não disse valores Além disso, o executivo destaca a importância dos investimentos no aplicativo próprio da rede “para que o cliente possa fazer compras” pela plataforma.

A nova funcionalidade deve entrar em vigor nos próximos seis meses. Atualmente, o sistema disponibiliza apenas informações sobre promoções de produtos.Compartilhando de posição similar a do presidente da Supermercado Now, o diretor de marketing da rede varejista Madrid Supermercados, Victor Portella, enxerga na parceria uma oportunidade de atingir um raio maior de atuação, chegando a atender outras classes sociais também. Hoje, o negócio tem clientes, em maior parte, das classes A e B. “Em quatro meses de iniciativa, as vendas online representam 1% do total comercializado. Esperamos, no médio a longo prazo, que esse percentual seja de até 4%”, argumentou Portella.

Ele diz que, atualmente, conta também com um sistema de entregas num raio de até um kilômetro por meio de uma empresa terceirizada, a qual continuará funcionando em paralelo. A rede tem duas unidades em funcionamento, localizadas no Paraíso e outra em Higienópolis. Voltada para clientes das classes A até a D, a rede varejista Chama Supermercados atua na zona leste da capital paulista e também iniciou parceria com a plataforma há três meses. “O sistema de delivery está funcionando em quatro de nossas unidades. Prevemos um aumento no tíquete médio em torno de 7%”, afirmou o gerente de marketing do negócio. Segundo ele, são realizadas até 200 entregas por dia e “ainda é cedo para mensurar a mudança”. No mês passado, a receita da rede girou em torno de R$ 50 milhões.

Fonte DCI
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