Varejista tradicional carioca aposta em e-commerce para acompanhar momento atual

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Por Rubia Evangelinellis

O impacto da pandemia no mercado de consumo exigiu do varejo mudanças aceleradas no atendimento como forma de se adequar ao momento, especialmente com a criação ou o fortalecimento do canal digital para interagir com os clientes. A necessidade de lançar ações inovadoras do dia para a noite pegou de surpresa tanto os novos estabelecimentos quanto os tradicionais e exigiu a busca de soluções por meio de parcerias.

Apesar da expertise obtida em três décadas à frente do São Sebastião, varejo de Barra Mansa (RJ) que atende consumidores das classes socioeconômicas C, D e E e comercializa 5 mil itens, Geraldo Aniceto experimenta uma fase de aprendizado, digamos assim, à frente do Armazém Express, de Volta Redonda (RJ). Inaugurado em dezembro de 2019, no formato de loja de conveniência, possui um sortimento de dois mil itens, muitos dos quais de maior valor agregado. O mix é adequado a um público de maior poder de compra, de uma vizinhança que opta pela facilidade e locais mais tranquilos para as compras. De olho nessas preferências, Aniceto acelerou a implantação do e-commerce, viabilizado com o apoio da startup Farejeiro, em junho passado, da qual é sócio.

Geraldo Aniceto, sócio da startup Farejeiro

“O e-commerce está sendo muito bom e já aponta uma participação representativa, de 25% das vendas. Atribuo o desempenho ao fato de ser uma loja pequena, pouco conhecida, por ser nova, e também porque as pessoas evitam sair de casa, em razão do isolamento social. Mas acredito que passada a fase de maior preocupação com a pandemia, é até possível que reduza a participação do e-commerce, embora eu espero e trabalho pra que se mantenha o patamar atual de vendas ou que cresça ainda mais”.

Segundo informou, a nova loja já começa a apresentar estabilidade de vendas e num patamar próximo ao considerado normal. “Junho fechou um pouco abaixo de maio, mas dentro do esperado porque foi um mês mais curto comparado ao anterior, que contou com cinco sábados, o que faz toda diferença no fechamento”. A loja registra um tíquete médio de compra considero muito bom, de 47 reais.

Aniceto explica que além do e-commerce Listic, a startup Farejeiro permite ainda que ele obtenha uma análise da loja, em tempo real, do movimento de compra e venda da loja e de entre outros indicadores que registram o desempenho do negócio. “Sem essas duas ferramentas, eu teria muita dificuldade neste momento para acompanhar o desenvolvimento da loja”, acrescenta.

A Farejeiro oferece diversos produtos para o varejo. Permite o monitoramento de atividades da empresa por meio do celular, acessando as vendas, compras, análise de produto e mercado. Rodrigo Lorencini, sócio da startup, explica que o sistema faz o monitoramento de compra e venda registrado por cupom fiscal por meio de inteligência artificial, em tempo real, sem a necessidade de integração com o sistema de retaguarda nem com o cadastramento de produtos e fornecedores. “É uma ferramenta autônoma e que permite atender até multiempresários, com várias empresas que emitem cupom fiscal”.

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1 comentário
  1. Jarbas Mattos diz

    Ouço muito falar nesse termo “startup”. Mas confesso que nao sei bem o que é?
    E Farejeiro e Listic citado na matéria são aplicativos ou produtos que este Geraldo criou só para a empresa dele? Se for um produto, eu gostaria de saber mais sobre.

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