TVs e celulares vão sustentar a alta de 7% na venda de bens duráveis este ano

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Com Copa do Mundo e perspectivas otimistas para a economia do País, o faturamento do mercado de bens duráveis deve ter alta de 7% em 2018, voltando a atingir o patamar de 2014. O aumento do preço médio dos aparelhos celulares e a venda de televisores devem ajudar a sustentar a alta.

No ano passado, o varejo de bens duráveis faturou R$ 100,7 bilhões, um volume 11% acima do observado em 2016. O resultado veio logo após dois anos sem crescimento. Em 2016, a variação foi de 0,2%, um percentual irrisório após a queda de 14% em 2015, na comparação com 2014. Os dados fazem parte do estudo da GfK, anunciado ontem (20) na Eletrolar Congress & Expo.

De acordo com a diretora da GfK, Gisela Pougy, as projeções para este ano estão condicionadas a um cenário otimista para a política e a economia do País. “Caso ocorra alguma polêmica e o cenário otimista mude impactará o consumo.”

Segundo Gisela, um aspecto positivo para o ano é a venda de aparelhos de TV, que deve ser impulsionada pela Copa do Mundo. De acordo com o estudo, a projeção é de aumento de 22% no faturamento do produto, sendo 8 pontos percentuais (p.p) vinculados à Copa. A projeção é que tanto o número de unidades como o a média de preço apresentem crescimento no período que antecede o evento esportivo.

Outra tendência para o ano, de acordo com a executiva, é o crescimento da receita de telefonia. “Pode não crescer tanto em unidade, mas em faturamento vai”, disse ela ao DCI.

Segundo a executiva, a tendência é que a procura por itens com maior valor agregado siga aumentando. Como exemplo, Gisela cita a maior participação dos smartphones com preços superiores a R$ 1,1 mil, que saíram de patamares de 21% e 26 %, em 2014 e 2015, respectivamente, para 43% e 41% em 2016 e 2017. “Telefonia e TV são os produtos mais importantes de bens duráveis. Só explicando a tendência para esses dois itens justifica o crescimento previsto de 7%”, destaca Gisela.

Um destaque do resultado da pesquisa de 2017 foi o desempenho do varejo de bens duráveis da região Nordeste que teve expansão de 21%, na comparação com 2016, acima da média. Segundo Gisela, o desempenho da agropecuária e do mercado imobiliário da região impactaram positivamente o poder de compra e consequentemente a aquisição de produtos de bens duráveis.

Além disso, ela destaca que a região representa uma grande oportunidade para o varejista. “Tem muitas categorias que no Nordeste, assim como outras regiões do Brasil, têm uma penetração ainda baixa. O consumidor nordestino ainda tem muita tecnologia nova para adquirir. Diferente do Sudeste, onde alguns produtos já têm penetração bem razoável.”

Outro destaque é o movimento de interiorização em 2017, que teve um novo ganho de relevância no mercado. A participação total do interior no faturamento do setor passou de 38% em 2014 para 41% em 2016 e 44% em 2017.

A pesquisa ainda mediu a participação das grandes varejistas nas vendas por região. O Sudeste apresentou a maior concentração, com 74% das vendas sendo feitas pelos 10 maiores varejistas do mercado. Seguido pelo Nordeste (57%), Centro-oeste (56%), Sul (43%) e Norte (30%).

Fonte DCI
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