Supermercado ou banco?

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Cada dia mais os supermercados ampliam sua gama de produtos e serviços oferecidos aos clientes. Entre comida e produtos de limpeza, os consumidores também podem adquirir serviços financeiros. A ideia é vender produtos bancários para baratear as operações financeiras e ainda manter a fidelização do cliente, segundo Carlos Netto, CEO e cofundador da Matera.

Após o ano que vem será ainda mais fácil devido à estruturação do Pagamento Instantâneo pelo Banco Central, que entrará em vigor em novembro de 2020. Só que já é possível entrar nesse ramo, como explicou o especialista no Next Supermarket Generation, realizado pela APAS (Associação Paulista de Supermercados).

Um banco para chamar de seu?

O especialista explica que existem algumas formas de vender produtos bancários, como a fintech embarcada, que é embutida na sua loja. Ou seja, a fricção é quase 0. A outra opção é a white label, que é utilizar uma fintech que já existe.

“Quando tem muita transação, é perigoso usar white label, pois o grande percentual fica com a fintech”, ressalta. “Por isso, o ideal é ter a sua fintech, pois o que cada pessoa ou empresa comprar ou abrir com você é seu”, afirma.

A ideia, segundo Netto, é criar uma instituição de pagamento. “Existem vários tipos de instituições que o Banco Central deixa abrir. Não precisa de autorização, é abrir a avisar”.

“O pagamento instantâneo é sem fricção e o dinheiro passa de uma conta para a outra sem intermediação. As regras estão sendo definidas pelo Banco Central ainda, mas a ideia é que não tenha mais cartão de plástico. Será o dinheiro digital, com transações 24 horas por dia”, explica.

Principais vantagens

Para o cliente, o supermercado parecerá banco, mas sem risco de liquidez nem de crédito, segundo Netto. O comerciante opera como um banco no âmbito de pagamentos, conta digital e conta corrente, com a vantagem de manter o relacionamento com o cliente, que pode, inclusive, receber o salário na conta do supermercado.

“Com sua IP você pode ser um intermediador de negócios dentro do seu próprio marketplace. Em outras palavras, você não deixa de fazer o que sabe e usa a tecnologia para vender mais. O que proponho é parceria de vocês com os bancos”, aconselha Netto.

“O que querer reforçar é que os varejistas continuem fazendo o que fazem de melhor: vender. Só vender uma cartela maior de produtos e serviços. Se você não faz, o seu concorrente vai fazer”, crava o especialista.

Fonte e-commerce Brasil
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