Sites de delivery de comida ganham destaque

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A presença da internet no cotidiano de grande parte das pessoas está alimentando o surgimento de uma série de novos negócios. O pacote inclui desde modelos inovadores até a transição de setores tradicionais para o ambiente digital. Diante desse menu cada vez mais variado de opções, um mercado começa a ganhar destaque: os sites de delivery de comida.

Gratuitos para os consumidores, esses serviços funcionam como praças virtuais de alimentação e reúnem cardápios de diversos restaurantes, que podem ser selecionados de acordo com a região do usuário, preço e categoria. É possível realizar todo o processo de escolha, pedido e pagamento pelos portais. As entregas são feitas pelos restaurantes, que pagam uma taxa aos sites por cada pedido gerado. O percentual varia de acordo com o parceiro.

O interesse crescente dos consumidores por esses serviços tem sido impulsionado por questões inerentes à internet, como a conveniência e a comodidade. Nos últimos dois anos, no entanto, alguns movimentos reforçaram que o apetite pelo setor não está restrito aos usuários. O período foi marcado por investimentos de fundos estrangeiros e locais nesses sites, além de aquisições realizadas por companhias do próprio setor.

“Quando começamos, há dois anos e meio, o setor era bem incipiente. Com o tempo, os consumidores passaram a perceber que era mais interessante fazer seu pedido com menor taxa de erro, maior possibilidade de escolha e mais comodidade. Essa mudança atraiu investimentos e novos competidores”, diz Felipe Fioravante, executivo-chefe do iFood, site que recebeu aportes de R$ 3,1 milhões, em 2011, do fundo de venture capital brasileiro Warehouse, e de R$ 5,5 milhões, no início deste ano, da Mobile, companhia brasileira de serviços para dispositivos móveis.

Com uma base atual de 1.350 restaurantes e 500 mil usuários, o iFood gera um volume de 75 mil pedidos e movimenta cerca de R$ 6 milhões em pedidos por mês. Além de expandir sua oferta e também a presença em outras praças – hoje o serviço está disponível em 10 Estados – a prioridade em curto prazo é reforçar a estratégia para dispositivos móveis. “Estamos trabalhando para aprimorar a experiência do usuário e para que ele possa fazer o pedido em poucos cliques”. Hoje, pouco menos de 50% dos pedidos computados pelo iFood já são feitos via smartphones. No início do ano, esse índice era de 18%.

Por se tratar de um novo segmento, ainda não há muitos dados de mercado. No entanto, outros indicadores ajudam a projetar o seu potencial. “Nossas estimativas são de um mercado de R$ 145 bilhões em 2012 para o total de alimentação fora do lar”, diz Luis Goes, sócio-sênior da GS&MD.

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