Sem reformas, pobre é que vai perder, diz Abilio Diniz

0 2.115

O empresário Abilio Diniz disse, em evento em São Paulo, que não acredita em perda de direitos dos trabalhadores com as reformas que estão sendo defendidas pelo governo federal e afirmou que, caso elas não avancem, quem vai perder é a classe de menor poder aquisitivo. “Não importa se você gosta ou não do Temer, você tem que gostar do seu país e as mudanças [em debate] são extremamente importantes”.

“Ninguém vai perder nada [direitos]. Tem uma transição. Se não fizer, quem vai perder vai ser o pobre. O rico se vira”, prosseguiu. Na avaliação do empresário e membro dos conselhos de administração da BRF e do Carrefour, medidas necessárias para o país estão sendo tomadas na esfera federal, como a definição do teto de gastos públicos. “São questões fundamentais porque ninguém consegue administrar nada gastando mais do que arrecada.”

“A confiança é algo que vai voltando aos poucos. As dificuldades são muitas e tem certas coisas que precisam ser feitas”, prosseguiu ele, durante congresso anual da Associação Paulista de Supermercados (Apas).

Abilio afirmou ainda que ele apoiava os governos de Lula e Dilma Rousseff “enquanto estavam fazendo as coisas certas”. E acrescentou: “Mas não deu certo e com Temer volta a esperança.”

Questionado pela plateia sobre acertos e erros já cometidos em sua trajetória, Abilio mencionou como principal erro a elaboração do contrato de sociedade com o varejista francês Casino no Grupo Pão de Açúcar (GPA). Em 2011, Abilio passou o controle da companhia fundada por seu pai ao sócio, após uma disputa pública entre as partes. “Eu faria de novo [o contrato], mas bem feito. O contrato foi mal feito”, afirmou.

A decisão de entrar no setor de supermercados foi mencionado como um dos principais acertos.

Segundo o empresário, pequenos varejistas só conseguem se destacar num mercado altamente competitivo, como o de alimentos, buscando algum diferencial. “Se você tem uma lojinha, uma única loja, tem que oferecer algo que o outro não tenha”.

Fonte Valor Econômico
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.