Redes de petshops miram prestação de serviços para fisgar consumidores

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Considerado como o terceiro maior mercado do mundo em faturamento, o setor de petshops brasileiro tem apostado na prestação de serviços para manter o ritmo de crescimento nos grandes centros urbanos. Além disso, players estão utilizando a tendência como pavimento para expansão em outras regiões do País. “Não se trata mais de uma loja simplesmente, mas um local que oferece serviços veterinários, hotel e creche para animais de estimação e até serviços ainda mais especializados. Já não é raro em grandes cidades encontrarmos serviços de acupuntura para cães, por exemplo. Ou lojas dedicadas a petiscos como se fossem padarias”, afirmou o vice-presidente de Comércio e Serviços do Instituto Pet Brasil, Nelo Marraccini.

De acordo com o dirigente, a tendência que se criou nos últimos anos é que cada unidade de petshop seja encarada como um “hub de serviços”, tendo em vista que os animais de estimação estão cada vez mais dentro de casa e “menos no quintal”. De acordo com ele, esse movimento vem “aliando também profissionais como dog walkers, e a profissionalização cada vez maior dos serviços de banho e tosa.”

Segundo dados da Associação da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o faturamento desse mercado em 2017 somou 20,3 bilhões – dos quais 31% desse montante é proveniente da prestação de serviços. Uma vez que os dados de 2018 do setor ainda estão sob apuração, o vice-presidente da entidade estima que o incremento do período deva ser “estável”, o qual poderá “comprovar a resiliência do setor”.

Na mesma linha, uma das redes de petshops que tem acompanhado essa tendência é a Petland. “Do total de nossas unidades, a participação dos serviços no faturamento gira em torno de 24%. Porém, quando observamos as nossas operações menores, esse percentual vai para 50%”, argumentou o CEO da rede, Rodrigo Albuquerque. De acordo com o executivo, um dos animais que têm aparecido com frequência nas unidades são os felinos. “Os gatos não só têm apresentado crescimento populacional nos últimos anos como também tornaram-se animais relativamente fáceis de ter em cidades verticalizadas, nas quais o tempo das pessoas em casa é mais curto”, afirmou ele, lembrando que o tíquete médio no caso dos cachorros ainda é 20% superior.

Albuquerque também conta que existe pretensão de inaugurar mais 36 unidades no Brasil em 2019 – chegando ao total de 150 operações. “Estamos observando um mercado muito bom no interior de São Paulo e também no litoral paulista”, disse ele, destacando o plano de usar a capilaridade do negócio para transformar as unidades em pequenos centros de distribuição em casos de compras pela internet. Outro exemplo de rede varejista que aposta na prestação de serviços para fidelizar o consumidor é a Cobasi. “Temos essa área voltada para a prestação de serviços há 20 anos. Sublocamos os espaços internos das lojas para profissionais do segmento estético e clínico”, afirmou a gerente de marketing da Cobasi, Daniela Bochi. “Quando o espaço das unidades permite, sempre incorporamos essas áreas”, complementou ela.

Ainda de acordo com a executiva, o público do interior de São Paulo é um dos focos de expansão para o ano de 2019, em virtude da “alta renda e pouca oferta do formato de mega loja nessa região.” Ela menciona que a cidade de Campinas, que tem cinco unidades, é um dos exemplos de empreitada fora da capital paulista. “O plano de expansão está entre 20 a 25 unidades em 2019”, afirmou Daniela, ressaltando que no ano passado foram inauguradas operações também em Fortaleza e Recife.

Fonte DCI
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