Quem vai acelerar a transformação digital na sua empresa, a área de TI, Projetos, Diretoria ou a COVID-19?

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Por Rose Martins, especialista da Gs&Consult

Nas últimas semanas muitos de nós tivemos a rotina alterada pela pandemia, mas não foi só a rotina que mudou, o comportamento do consumidor também está passando por essa transformação.

No sábado aconteceu uma live que foi recorde de aparelhos conectados, mais de 3 milhões de acessos simultâneos, isso mostra o quanto a tecnologia tem sido essencial neste momento e mais do que isso, mostra a ampliação e o poder do digital nas relações de consumo de conteúdo, produtos e serviços.

E não para por aí, as redes sociais têm tido um papel bastante importante neste período. Se você acessar o Instagram a partir das 19h vai parecer que você está de frente para a TV tradicional, tamanha as opções de conteúdo em transmissões ao vivo.

Outro fenômeno que advém do distanciamento social é a adoção do home office, e consequentemente, as ferramentas e aplicativos de comunicação e gestão de equipe apresentaram alto crescimento e penetração na rotina diária, seja pessoal ou profissional. Dados recentes também comprovam o aumento de vendas nos canais digitais.

Um levantamento feito pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) revela aumento significativo no consumo das categorias: Saúde (111%), Supermercados (80%) e Beleza/ Perfumaria (83%) no primeiro bimestre de 2020 comparado ao mesmo período do ano anterior. Houve também um crescimento no percentual de consumidores realizando a primeira compra online, como mostra a pesquisa da Ebit|Nielsen.

ebit-nielsen

Atualmente o e-commerce representa em média 4% do faturamento nas operações de varejo e com este novo comportamento de consumo existe uma expectativa no crescimento da representatividade dos canais digitais, podendo chegar a representar até 15% das vendas (desde que a indústria continue operando).

Isso significa que, se você não é digital, agora chegou o momento de ser.

Mas como fazer para se reinventar neste momento em que o digital tem se mostrado imperativo? Siga o líder?

Venda através das redes sociais e do whatsapp, parceria com super apps e soluções alternativas de entrega foram as atitudes que as principais redes de varejo multicanais fizeram para reinventar suas operações e tornar-se relevantes no mercado.

O James Delivery, que já responde por 40% dos pedidos on-line do GPA, começou a realizar entregas gratuitas para as pessoas que fazem parte do grupo de risco do coronavírus, ou seja, idosos, profissionais da saúde e pessoas que tenham doenças que podem complicar o quadro em caso de contaminação.

Através do seu programa de assinaturas (Prime), esse público não pagará mensalidade por tempo indeterminado. O serviço é para as compras a partir de R$ 50 no Extra e no Pão de Açúcar e a partir de R$ 25 em restaurantes parceiros selecionados.

A Telhanorte passou a oferecer frete grátis para pessoas com mais de 60 anos em compras realizadas pelo e-commerce, e em tempo recorde implementou o serviço de drive thru, que permite que o consumidor faça a compra pelo Whatsapp e a retirada dos produtos sem a necessidade de contato direto com os vendedores.

Já nas Casas Bahia, depois do fechamento de mais de mil lojas, colocou no ar uma plataforma interna de vendas. A plataforma é chamada de “Vendedor Online”. Adaptando a maneira e atender e vender, lançou a campanha nacional “Me chama no zap”, a ideia é que os vendedores continuem trabalhando de casa e que os clientes continuem sendo atendidos por um vendedor que ele já conhece.

Na Magalu a iniciativa foi criar plataformas de vendas para empresas de pequeno porte e trabalhadores autônomos.

Para pessoas jurídicas, ou seja, pequenos empresários e comerciantes, eles podem oferecer seus estoques de produtos no site e no aplicativo. E no futuro poderão também oferecer seus produtos nas mais de mês lojas físicas do Magalu.

A entrega dos produtos vendidos será feita pelos Correios, sem custo para o lojista. A plataforma gera a nota fiscal da venda e oferece ao comerciante dados a respeito das operações realizadas. A cada venda transacionada pela plataforma o Parceiro Magalu, o empresário ou comerciante pagará (até 31 de julho deste ano) uma taxa de 3,99%.

No caso das pessoas físicas, trabalhadores informais e autônomos poderão criar suas próprias lojas virtuais, sem custo algum, para que seus produtos sejam vendidos por meio de redes sociais individuais, como Facebook, Instagram e Whatsapp.

Para cada venda realizada por esses parceiros, o Magalu paga uma comissão que pode variar entre 1% e 12%, a depender do produto, da categoria a que ele pertence e do volume total vendido pelo parceiro. A partir de R$ 50 reais acumulados em comissões, o parceiro está apto a receber o valor, que poderá ser depositado em uma conta bancária própria, em uma conta fácil, ou em uma conta digital em até 34 dias.

Todos esses movimentos realizados por grandes marcas deixam claro a importância de investir na transformação digital.

Se esses temas não estão em pauta na sua empresa é um claro sinal de descolamento do momento atual e do “novo normal”.

E lembrando que transformação digital é muito mais do que parametrizar uma plataforma, integrar uma API ou implantar um novo software. Transformação digital é tirar fricção e encurtar o caminho para oferecer uma experiência de compra única.

Como podemos observar nestes exemplos e em tantos outros, o segredo está na simplicidade, mas saber em que área ou sistema investir primeiro e quanto tempo cada etapa levará até a implantação não são questões simples de serem respondidas.

Fonte Mercado e Consumo
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