Prevenção de perdas e a oportunidade para aumentar a lucratividade no varejo

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*Por André Faria

A prevenção de perdas sempre foi um assunto bastante discutido no varejo e pauta de diversos eventos e fóruns do segmento. Para termos uma ideia do quão representativa ela é, segundo a 20ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados, as perdas representam 1,82% do faturamento bruto do setor.

E, é importante ver que, segundo o Ranking Abras 2020, a margem líquida contábil média do supermercadista gira entre 2% e 3% do faturamento bruto. Ou seja, essa média de perdas está muito próxima a do faturamento bruto. Uma coisa que podemos levar em conta, é que, toda diminuição da margem de perdas, é um significativo aumento direto no seu lucro, não é mesmo?

E, tendo isso em mente, os supermercados precisam conhecer quais são as formas mais comuns de perdas e como eles conseguem preveni-las. E, isso começa sabendo inicialmente, o que é a prevenção de perdas, por conceito.

Podemos definir a prevenção de perdas como uma série de estratégias para evitar desperdícios. Ela é, muitas vezes, fruto do mau gerenciamento, porque toda e qualquer perda no varejo, do furto ao produto cuja validade está muito próxima do vencimento até a ruptura, causa um impacto negativo que pode ser muito significativo no resultado da companhia, como vimos acima.

E, se as perdas podem ser fruto do mau gerenciamento, quais são as ocorrências mais comuns em supermercados? De acordo com a 20ª Avaliação de Perdas da Abras, os tipos de perdas mais comuns em supermercados são:

 

Comparando os dados do estudo de 2020 com o de 2019, conseguimos analisar uma queda nos índices de quebras operacionais (-1%), nos furtos externos (-2%) e nos erros de inventário (-1,5%). Por outro lado, tivemos um aumento nos erros administrativos (+4%) e em outros ajustes (+1,5%). Isso mostra uma movimentação dos estabelecimentos para diminuir seus prejuízos com a perda nos supermercados. Porém, uma das maiores dores, segue sendo as quebras operacionais.

Uma coisa que podemos perceber em todos esses motivos de perda no varejo brasileiro, é que com tecnologia, você conseguiria diminuir muito esse índice em sua loja! Afinal, a tecnologia permite que você tenha um controle total da sua loja, diminuindo suas perdas por quebras operacionais, por exemplo.

E, outro uso da tecnologia, vem na prevenção de furtos, sejam eles internos ou externos, sendo possível de fazer isso utilizando tecnologias mais sofisticadas como o RFID ou, utilizando algo comum na vida do varejista, que são as câmeras de segurança.

André Faria, CEO da Bluesoft

Os índices divulgados pelo estudo são importantes, mas é muito importante que o varejista comece a calcular o seu índice de perdas, tendo como referência, o mesmo período passado. Isso permite que ele veja, na sua realidade, seus principais motivos de perda e saiba o que fazer para mudar isso em sua loja.

Outro ponto crítico é sempre classificar os motivos das perdas, só assim será possível criar um plano de ação personalizado para sua realidade para que possa efetivamente gerar um impacto importante na redução delas.

Afinal, a margem de perdas de um hortifruti, é diferente de um atacadista. Por isso, é importante que o varejista trabalhe de acordo com a sua realidade, aumentando sua margem aos poucos, evitando guiar-se pelos indicadores do varejo em geral.

De toda maneira, podemos perceber que as tecnologias vêm se tornando cada vez mais essenciais para o varejista, sendo grandes aliadas na gestão das lojas, visando sempre aumentar sua lucratividade e sua eficiência!

*André Faria, é CEO na Bluesoft e colunista do Porta Newtrade
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