Para petiscar e para lucrar

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Por Adriana Bruno

Dividido em oito categorias – biscoitos doces, salgados, nozes, castanhas e mixes, chips e salgadinhos, pipoca, barrinhas de cereais, snacks de frutas e pretzels –, o mercado de snacks fatura aproximadamente R$ 22 bilhões por ano e vem se renovando no Brasil, especialmente quando olhamos para movimentos do setor alimentício como os investimentos e lançamentos de produtos com apelo mais saudável. Movimentos que, aliás, vêm de encontro com a busca do consumidor por produtos que entreguem além de sabor, outros benefícios como menor adição de sódio e açúcares e adição de ingredientes funcionais como cereais integrais, por exemplo.

Pedro Rodrigues, diretor da Milho de Ouro

Vale dizer também que os snacks são produtos que atendem a todas as idades e são consumidos o ano todo, independente de sazonalidade. Fatores que levam o varejo e o atacado a dedicarem maior atenção à reposição dos estoques e gôndolas. Segundo Pedro Rodrigues, diretor da Milho de Ouro, para alavancar vendas e dar maior visibilidade aos produtos no ponto de venda é preciso destacar na gôndola o tamanho das embalagens, promover degustações e precificar de forma coerente. Ele ainda reforça que em períodos como o verão, a demanda por esse tipo de produto cresce especialmente em regiões litorâneas, o que demanda maior atenção das lojas tanto para não haver ruptura como em relação ao sortimento, que deve ser variado para atender a um perfil amplo de shoppers. “Atualmente, existem diversos perfis de consumidores, e cada um tem uma preferência específica. Observando o mercado que atendemos, vemos que o consumidor busca por produto de qualidade, ou seja, que entrega sabor, crocância e esteja em uma embalagem moderna, e ao mesmo tempo tenha preço acessível”, comenta.

Manuela Barreto, diretora de marketing do Grupo Revel

Para ter boa exposição na gôndola, Manuela Barreto, diretora de marketing do Grupo Revel, orienta o varejista a focar na organização visual, com produtos principalmente ao nível dos olhos, usar a sinalização da forma correta, com o objetivo de levar o cliente à gôndola, além de otimizar o uso do espaço, verificando a quantidade em conjunto com estoque para usar o espaço de forma eficiente. “É importante também lembrar dos produtos em promoção: saber destacá-los para incentivar vendas de forma sazonal é uma excelente tática”, comenta Manuela.

Tendências

Sabor é sempre fundamental. O investimento em embalagens atraentes também, mas atender às necessidades e desejos do shopper é mesmo a principal tendência para o segmento de snacks e para vários outros da indústria alimentícia. afirma que hoje é possível manter o hábito de degustar um determinado alimento escolhendo uma versão mais saudável e que, além disso, a indústria tem se preocupado com as restrições alimentares como demanda por produtos isentos de glúten, lactose, aromatizantes e corantes artificiais, e ingredientes de origem animal. “A praticidade também é um aspecto importante. As embalagens estão sendo reduzidas para porções individuais, facilitando o controle das porções e do consumo com praticidade no dia a dia”, comenta Moraes.

Eduardo Moraes, CEO da Latinex

Ainda de acordo com ele, na subcategoria de snacks saudáveis, o consumidor escolhe os alimentos pela qualidade nutricional oferecida, considerando aporte de proteína, fibras e baixo teor de gordura.

Outro fator a ser considerado nesse mercado é a área de atuação do ponto de venda. Segundo Rodrigues, as tendências variam de região a região do país. “Por exemplo, nas regiões Sul e Sudeste, snacks saudáveis são uma tendência. Já nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste existe uma tendência de produtos em versões de menores gramaturas, aumentando assim o poder de compra dos consumidores, uma vez que gramaturas menores possuem preços menores”, afirma.

5 dicas para expor com mais eficiência

1. Estar presente check-out: uma das principais zonas quentes das lojas;
2. Ter dupla exposição: categoria de saudáveis e também no ponto natural de snacks;
3. Implementar displays exclusivos;
4. Cross merchandising: uma das áreas preferenciais é o hortifruti, devido ao alto fluxo de consumidores;
5. Blocagem na seção de saudáveis, todos os itens da marca na mesma gôndola.

Fonte: Eduardo Moraes, CEO da Latinex

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