Na guerra Carrefour vs. Pão de Açúcar, as melhores armas são panelas

0 1.114

Fidelidade é o negócio que vem garantindo o crescimento do Grupo Pão de Açúcar para além do “Atacarejo”. Mas essa estratégia é suficiente para bater a concorrência no longo prazo?
Esta é a pergunta que analistas tentam responder ao acompanhar as atividades do grupo e da grande concorrente francesa, o Carrefour. Da mesma forma que o GPA, a rede Carrefour conseguiu contornar a greve dos caminhoneiros e emplacar boas taxas de crescimento, tanto no Atacarejo quanto no varejo tradicional.

“Na nossa opinião, o principal destaque do trimestre foi a reversão das tendências de SSS [ sigla em inglês para ‘vendas nas mesmas lojas’, ou seja, vendas no mesmo número de lojas existentes no período anterior] no Atacadão, que se recuperou para 4,5%, uma melhora significativa dos 0,5% no 1Q18, superando o crescimento de SSS comparável de 2,5% do GPA no período”, escreveram os analistas da Brasil Plural em relatório recente.

Apesar disso, a instituição observa maior potencial para a rede brasileira. O GPA, para os analistas, “continua apresentando crescimento geral maior e melhor dinâmica de margem” e, principalmente, apresenta potencial maior de expansão no segmento de atacarejo – já que o Atacadão está mais consolidado.

Por fim, os brindes e vantagens dos clientes fidelizados realmente parecem dar resultado. Os analistas citam a “estratégia promocional” do GPA, referenciando as ações de Juntou, Ganhou e Juntou & Trocou, Extra e Pão de Açúcar, respectivamente, que incentivaram o retorno de clientes às suas unidades com a promessa de trocar compras (que viram selos) por utensílios de cozinha: facas e panelas.

Já o Carrefour tem divisão de varejo “mais limitada”, segundo os especialistas, dependendo “fortemente de hipermercados”. Vale lembrar que o GPA percebeu uma queda de atratividade na bandeira Extra Hiper e já tem uma estratégia para transformar alguns endereços desta frente em atacarejo com o Assaí. Também tem uma carta na manga dentro do segmento que mais cresce nesta indústria: no segundo semestre, o grupo começa a transformar alguns de seus endereços em unidades Compre Bem, visando competir diretamente com os supermercados regionais ou “de bairro”.

Fonte InfoMoney
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.