Máquina de Vendas quer unificar marcas e renegociar dívidas

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A Máquina de Vendas, dona das redes de lojas Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar, Salfer e Eletro Shopping, decidiu fazer agora, de uma só vez, a unificação de suas marcas, inicialmente prevista para terminar em setembro. Para cortar custos, a Ricardo Eletro se tornará um nome nacional, substituindo todas as bandeiras regionais.

Terceira maior varejista de eletroeletrônicos e móveis do País, a companhia tenta renegociar suas pesadas dívidas e melhorar a gestão para sobreviver a um cenário bem distante do “boom” vivido pelo País quando a empresa foi formada, em 2010, a partir da fusão de Ricardo Eletro e Insinuante.

A decisão de antecipar a unificação partiu de Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro, que voltou à presidência da companhia no início de janeiro. Ele reassumiu o posto após a saída de Enéas Pestana, ex-Grupo Pão de Açúcar, inicialmente contratado para fazer uma reestruturação do grupo, mas que saiu para se tornar presidente da JBS na América do Sul.

O próprio Nunes será o garoto propaganda nacional da marca, com campanhas de marketing em TVs, rádios e outdoors em todo o País. Ele já fazia esse papel regionalmente, nos cinco Estados onde a Ricardo Eletro predominava. “O projeto é de união. A Ricardo Eletro será única marca, mas as outras bandeiras estarão assinadas ao lado da bandeira principal”, diz o empresário.

Conhecido pelo estilo “vendedor” e pelo foco em expansão, o empresário afirmou que vai dar continuidade aos projetos de austeridade implementados por Pestana.

Entre as sinergias que o grupo está tentando captar, Nunes destaca a redução dos custos de marketing em R$ 40 milhões com a unificação das marcas. Já a integração de centros de distribuição e estruturas administrativas deve gerar uma economia de mais R$ 180 milhões.

Quando o assunto são os números atuais da Máquina de Vendas, no entanto, Nunes prefere não comentar. Limita-se a dizer que a Máquina de Vendas está fazendo “a lição de casa”, embora veja um 2016 “difícil”, com previsão de nova retração de 4% nas vendas. A empresa, que já fechou algumas lojas – de um total de 950 -, deverá continuar com este processo.

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