Lojista paga menos para operadoras de cartões em compras à vista

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Facilidade para o consumidor, dor de cabeça para o lojista: oferecer parcelamentos ficou mais caro para o empreendedor nos primeiros quatro meses de 2016. O custo financeiro das transações parceladas, que corresponde à comissão paga pelas empresas às operadoras de cartões, registra alta de até 13% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A conclusão é da pesquisa informativa realizada pela Equals, especializada em gestão e conciliação de vendas com cartões de crédito e débito. A empresa analisou as transações de 6.669 pontos de vendas (físicos e online), espalhados em todas as regiões do Brasil no primeiro quadrimestre de 2016 (janeiro a abril).

Na média, a venda à vista teve uma taxa de 1,38% para o lojista – uma queda de 6% na comparação com 2015. Em contrapartida, o aumento das parcelas levou a um crescimento da comissão paga às operadoras de cartões. Compras feitas em “dez vezes”, por exemplo, registraram 2,35%, contra 2,3% do ano passado. No caso de doze parcelas, a taxa foi de 2,46% ante 2,18% nos primeiros quatro meses do ano passado – uma alta de 13,05%.

“Esses números acompanham o momento de incertezas econômicas pela qual o Brasil atravessa atualmente. É um estímulo para que as compras sejam realizadas à vista, garantindo dinheiro no caixa durante a crise”, confirma Fabrício Costa, diretor de novos negócios da Equals.

O consumidor prefere parcelar, com 65% nas compras realizadas em até três vezes (diante de 63% em 2015). Já o restante dos pedidos foi realizado em até doze parcelas, também com distribuição semelhante ao mesmo período do ano passado. No total, a pesquisa processou 31,3 milhões de transações, com R$ 3,8 bilhões em vendas.

Antecipação de recebíveis

Para driblar a crise o lojista tem optado cada vez mais por receber antecipado. O custo da antecipação de recebíveis (modalidade em que a empresa recebe à vista as vendas parceladas) também acompanhou a tendência de crescimento. Em 2016, a taxa média dessas operações foi de 2,65%, contra 2,27% registrada em 2015 – um aumento de quase 17%. O volume antecipado também foi maior e atingiu 135% do volume de vendas do período, ou seja, R$ 5,1 bilhões.

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