Índice de ruptura nos supermercados fica estável, mas ainda é alto

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Promoções sem previsões assertivas, embates comerciais nas negociações que ficaram mais demorados geraram a falta de certos produtos nas lojas

Apesar da tendência de queda em 2017, a ruptura no varejo supermercadista começa a se estabilizar. Desde junho, o indicador, calculado pela Neogrid/Nielsen, que mede a falta de produtos nas lojas, não sofre alterações significativas, mantendo-se próximo de 10%. Mesmo assim, na opinião do vice-presidente de Operações da Neogrid, Robson Munhoz, a ruptura ainda é alta quando comparada a dados históricos de 8%.

Segundo o executivo, a crise continua influenciando a variação do indicador. “Muitas ações, como as promoções sem previsões assertivas do varejo, os embates comerciais nas negociações com fornecedores – que ficaram mais acirrados e demorados, gerando a falta de certos produtos nas lojas por longos períodos – , e o aumento o volume de compras pelo varejo para melhorar a ruptura, foram tomadas a partir da incerteza econômica do país”, comenta.

Munhoz também explica que indústria e varejo ainda tentam entender e lidar com as escolhas do consumidor, o que influencia a ruptura. “Este ano, com a crise, houve a substituição de produtos habitualmente consumidos por outras marcas de menor preço, mas que não têm um histórico de vendas relevante para serem repostos com frequência. Isso provavelmente manteve o indicador alto”, argumenta.

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