Índice de Expansão do Comércio cresce 10,9% em junho

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Em junho, o Índice de Expansão do Comércio (IEC) registrou 72,6 pontos, crescimento de 10,9% em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período de 2015, porém, houve queda de 8,2%. Apesar da elevação de junho, o índice encontra-se há 17 meses abaixo dos 100 pontos, o que ainda sinaliza pouca disposição para expansão dos negócios por parte dos empresários. Contudo, a alta de junho sugere que a melhora da confiança, que já vinha sendo captada por outros indicadores nos últimos meses, parece estar se consolidando com a formação de uma nova equipe econômica e o anúncio de medidas para enfrentar a crise.

A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O Nível de Investimento das Empresas (um dos indicadores que compõe a pesquisa e sinaliza se o empresário está ou não disposto a investir em novas instalações ou equipamentos) aumentou 5,1% em relação a maio ao passar de 56,1 para 58,9 pontos. Na comparação anual, porém, houve forte queda de 14%.

Já o subíndice Expectativas para Contratação de Funcionários (outro componente do IEC) registrou alta mais expressiva, de 15,3% na comparação com maio, e atingiu 86,3 pontos, ante 74,9 no mês anterior. Porém, na comparação anual, o valor é 3,7% inferior.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, na percepção dos empresários, o ambiente ainda é desfavorável tanto para investir como para contratar, porém, na comparação com o mês anterior, existem indícios de recuperação bastante contundentes.

Para a Federação, dificilmente a retomada se dará no curtíssimo prazo e em magnitude suficiente para reverter rapidamente as consequências da crise. Porém, existe a possibilidade de que as projeções mais negativas, de que o setor de comércio de bens e serviços possa fechar mais de 1,5 milhão de vagas em 2016 e o País possa perder mais de 2,8 milhões de postos de trabalho no total possam ser revistas para algo menos trágico.

A taxa de desemprego já superou os 11%, mas, com a melhora observada nos indicadores da FecomercioSP, é possível que as projeções mais pessimistas, de que atingisse quase 15% ao final do ano, sejam revistas. O desemprego, ainda assim, será a maior preocupação social e a pior consequência da recessão, contudo,segundo a Entidade, ao menos o País agora começa a enxergar a possibilidade de reversão do quadro no médio prazo, algo que não se via há pouco mais de dois ou três meses.

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