Frio aquece vendas no comércio paulista

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A primeira quinzena de junho registrou aumento de 2,1% nas vendas a prazo na capital paulista em relação ao mesmo período de 2015, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Contribuíram para a alta o registro de baixas temperaturas, impulsionando a comercialização de produtos parcelados como aquecedores, chuveiros e torneiras elétricas, e o dia útil a mais no período.

“Esse saldo positivo é pontual e não sinaliza melhora estrutural do varejo: a tendência ainda é de queda, por fatores que tem se agravado, como o desemprego em alta e o retorno da massa salarial a patamares de três anos atrás”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Ele lembra que a confiança do consumidor deu sinais de ligeira estabilidade, mas está longe de ser retomada. “Por enquanto, não há nenhum fator para vislumbrarmos melhoras efetivas daqui para a frente, pelo menos no curto prazo”.

Em 2015, as vendas a prazo no período já haviam caído 6,9% ante 2014, o que enfraqueceu a base de 2015 e contribuiu para o saldo positivo, segundo a ACSP.

Foi observada, contudo, melhora nas vendas de blusas, luvas, botas, calçados, edredons, mantas, garrafas térmicas e outros produtos relacionados com o inverno.

As vendas de produtos típicos para o inverno aumentaram entre 100% e 150% em comparação com o mesmo mês do  ano passado, de acordo com a Federação dos Varejistas do Brás.

Muitos lojistas confirmaram que seus estoques de vários produtos do inverno passado já estavam zerados desde a semana passada.

A Federação dos Varejistas do Brás (Fevabrás, recém-criada e que reúne cerca de 15 mil lojistas da região) está considerando um aumento de vendas nas três primeiras semanas de junho, que podem levar ao fechamento do mês de junho com aumento de 10% no comércio, quase o dobro do previsto para o mês.

“Com a queda brusca da temperatura, que foi, nesta semana, a mais baixa dos últimos 22 anos, as vendas de roupas mais pesadas, como blazers, paletós, jaquetas, sobretudo, edredons, mantas, luvas, cachecóis, chapéus de feltro e até tapetes deram um salto considerável neste mês”, diz Gustavo Dedivitis, presidente da Fevabrás.

Os lojistas do Brás recebem diariamente cerca de 500 mil pessoas, segundo Dedivitis.

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