Fórum Nacional de Varejo encerra com compromisso público

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O varejo brasileiro está consciente do seu papel no redesenho estratégico da economia nacional e quer ser reconhecido e ser ainda mais atuante dentro do cenário do desenvolvimento dos negócios nos próximos anos. Esta foi uma das conclusões a que mais de 300 empresários das varejistas mais importantes do País, de um setor que gerou 3,7 milhões de empregos nos últimos dez anos, chegaram durante o 2º Fórum Nacional de Varejo, realizado de 28 a 30 de março no Sofitel Jequitimar, em Guarujá, São Paulo. “O 2º Fórum Nacional do Varejo foi claramente uma evolução com relação ao primeiro, onde todos discutiram a sua importância no País. Neste segundo, o varejo fez uma reflexão sobre qual deve ser o seu papel no desenvolvimento do País”, disse Marcos Gouvêa de Souza, presidente do Lide Comércio, grupo de Líderes Empresariais. 

O evento finalizou com uma carta pública de compromisso sobre o que os varejistas querem (leia abaixo na íntegra), a ideia é de que neste ano de eleições, se busque estreitar relações com os candidatos que se aliem com a ideologia do varejo, em busca de uma sociedade mais plural, mais ética, promovendo as mudanças que o consumidor cidadão deseja, que o funcionário cidadão quer e que os empresários do setor estão reclamando. “O próximo passo é tornar pública esta carta da forma mais abrangente possível e chamar os candidatos para discutir as suas propostas, colocando recursos, pessoas, ideias e projetos do varejo para suportar a proposta destes candidatos, Àqueles que verdadeiramente se comprometerem a levar adiante o que está sendo proposto receberão o apoio do varejo e das milhões de pessoas que trabalham no varejo” afirmou Gouvêa de Souza.

Leia a carta na íntegra.

Carta do 2º Fórum Nacional do Varejo

As lideranças empresariais representativas do segmento formal do varejo brasileiro, coordenadas pelo IDV – Instituto para Desenvolvimento do Varejo, pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais e pelo Lide – Comércio, na conclusão no 2o Fórum Nacional de Varejo, realizado no Guarujá, em São Paulo, em 28 e 29 de março de 2014, tornam públicas suas visões e propostas:

–              O varejo tem plena consciência da importância e relevância do segmento na construção de um projeto estratégico ambicioso que o país carece neste momento de  transformações estruturais no cenário político, social e econômico do Brasil e do mundo;
–              A significativa e reconhecida evolução social e econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos não pode ser considerada um ponto de chegada mas sim um ponto de partida para o correto entendimento da magnitude das transformações que ainda precisam ser implementadas para que o país possa ser considerado minimamente alinhado com seu potencial, vocação e maturidade;
–              O varejo formal brasileiro, como interface permanente, privilegiada e continuamente atualizada com o processo de transformação dos desejos, demandas e expectativas do emergente consumidor-cidadão, entende como dever, mais do que contribuição, intervir de forma sistemática, consistente e ampla para promover as mudanças estruturais que o Brasil e a população brasileira demandam;
–              O varejo pode e deve aumentar suas relações com os clientes e incentivar relações entre seus diversos canais para ouvir seus consumidores de forma ainda mais intensa;
–              Com o privilégio de ouvir continuamente o consumidor-cidadão, que cada vez mais também é o funcionário-cidadão, o varejo brasileiro tem consciência que se criou um hiato entre o que setor privado tem oferecido em termos de serviços, respeito e facilidades à população e o que essa mesma população identifica de carências no que recebe do setor público nas suas áreas de específica competência, em especial na segurança, na saúde e na educação;
–              O varejo ouve mas também informa e a discriminação dos valores de impostos cobrados nas notas emitidas pelo comércio tem causado espanto e surpresa pela magnitude da carga tributária e a qualidade da contra partida em serviços públicos, criando um estado de crescente consciência e frustração na população.

Por conta desse cenário e, consciente de sua renovada liderança e responsabilidade com o futuro da nação, o setor varejista declara sua determinação em aliar-se com aqueles que se comprometam com o estudo de um projeto estratégico para o país e que tenham a coragem e determinação para enfrentar os desafios e implantar as reformas que o país necessita em especial nos seus aspectos trabalhistas, tributários, burocráticos, previdenciários e políticos.

Os setores comercial e varejista do Brasil, mais do que propor mudanças estruturais e estratégicas, por suas lideranças, se dispõem a apoiar com  recursos humanos, tempo, estudos e propostas os que queiram, decidida e irreversivelmente, se comprometer com esse processo transformador e se empenharão em buscar aliar os seus  milhões de colaboradores e mais  fornecedores, prestadores de serviços e parceiros nessa missão pela criação de um país mais justo, ético, formal, eficiente, moderno e igual e que possa ser mais competitivo em termos globais.

Se no passado faltou ao setor visão e ambição com respeito ao seu papel na construção de um país melhor, agora não falta mais. Os representantes do varejo formal do Brasil e seus principais fornecedores de produtos e serviços, assumem, neste momento, o compromisso e a determinação de promover e trabalhar por uma evolução mais ambiciosa, ética e inadiável do Brasil

Guarujá, 29 de março de  2014.

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