Cinco motivos para investir em prevenção de perdas

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A economia, de forma geral, ainda está longe de deslanchar, mas os sinais de recuperação são evidentes. As projeções mostram um salto mínimo de 2,5% em 2018, mas há quem fale em avanço de até 4%. O setor varejista, depois de três anos de muitas dificuldades, também não quer ficar para trás e o otimismo para este ano é grande, justamente em um momento em que o consumo volta a registrar alta e os brasileiros estão mais confiantes.

Nessa retomada de crescimento, qualquer ganho deve ser comemorado. “O varejo, de modo geral, trabalha com margens de lucro muito pequenas. Assim, em seus planejamentos de investimento nesse princípio de ano, as companhias devem, além das campanhas de incentivo de vendas, estar atentas em buscar soluções para prevenir suas perdas”, argumenta Luiz Fernando Sambugaro, diretor de Comunicação da Gunnebo. “Um ponto de venda pode parecer rentável, mas se não tiver a medição correta de perda, no lugar de lucro o varejista pode ter prejuízo”, completa o executivo.

Furtos interno e externo, os grandes vilões – Na média, o varejo brasileiro vem reduzindo suas perdas, como apontam os dados da 2ª Pesquisa Perdas no Varejo SBVC, organizada pela Sociedade Brasileira de Varejo de Consumo e divulgada no final de 2017. Em 2016 elas representavam 1,4% do lucro dos varejistas. No ano passado, esse índice caiu para 1,32%. O setor que mais sentiu a redução foi o supermercadista, que registrou queda de 2,26% para 1,97%. Os dados apontam que a principal causa de perdas nesse segmento são as quebras operacionais (43,97%), seguida por furtos externo (14,30%) e interno (9,74%). 

Na média geral do varejo, os furtos interno e externo lideram o ranking de perdas, totalizando 34,3%, à frente, inclusive, das quebras operacionais (33,11%). No varejo da moda, segundo números da SBVC, os furtos externos representam 37,24% das perdas. Somados aos internos, esse índice salta para impressionantes 64,86%, acima dos magazines, que contabilizam 60,02% (34,21% de furtos externos e 25,81% de internos). No canal construção os furtos de ambas as modalidades atingem 21,86% e no calçadista, 29,4%.

Comece o ano com prevenção de perdas – Para evitar uma significativa redução na rentabilidade do negócio, um plano de prevenção de perdas deve ser implantando no início do ano, e com isso, a loja já fica preparada para as datas comerciais, como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal. Para Sambugaro, um bom gerenciamento das perdas deve considerar três pontos: tecnologia, pessoas e gestão (normas e procedimentos). A tecnologia deve ser atualizada, compatível com o nível do negócio, de origem confiável e de razoável custo-benefício favorável ao empreendimento.

Por outro lado, argumenta o diretor da Gunnebo, é necessário ter bons funcionários, treinados e atualizados, alinhados com os objetivos da empresa e conscientes das potenciais perdas inerentes ao negócio, para que possam contribuir com a redução. E, por fim, é importante o varejista ter uma boa gestão, com normas e procedimentos, pois é ela que dará a direção e a forma de se cumprirem as atividades da empresa, em todas as áreas.

Cinco dicas fundamentais para o varejista

Nesse cenário de reaquecimento do varejo, Sambugaro elenca cinco bons motivos para que os varejistas invistam em prevenção de perdas em 2018:

1. Com a retomada do consumo, mais pessoas vão às compras nas lojas. Assim, o varejista deve ficar atento e monitorar corretamente tudo o que acontece na loja. Os sistemas antifurtos (antenas, etiquetas e CFTV, por exemplo) permitem resultados eficientes no combate aos furtos e, uma vez utilizados de forma integrada, aumentam mais o nível de prevenção de perdas.

2. Quanto mais atendimentos ao cliente ocorrem, maior é a chance do controle falhar e as operações fraudulentas começam a afetar de forma mais intensa os resultados da empresa. É importante investir em controles internos e auditorias e monitoramento de caixa. O checkout é um dos pontos mais vulneráveis da loja, responsável por até 40% das perdas internas.

3. Ao investir em prevenção de perdas, os produtos com potencial de vendas, especialmente os de alto valor agregado, não precisam ficar confinados ou escondidos na loja. Associados às soluções corretas (cadeados eletrônicos e protetores acrílicos), eles podem ser melhores expostos e com o mínimo risco de perdas, melhorando as vendas. Os cadeados eletrônicos, por exemplo, proporcionam uma exposição atraente, interação e degustação do cliente com os produtos, especialmente os eletroeletrônicos e os aparelhos de telefones celulares.

4. Mesmo com o crescente uso dos cartões, o volume de dinheiro nas transações do varejo ainda é representativo. Essa forma de pagamento torna a rotina do varejo mais vulnerável a assaltos, furtos e principalmente a erros operacionais e fraudes internas. O uso da tecnologia para gestão de numerário, como os cofres inteligentes, permite ao varejista ampliar a produtividade da loja ao mesmo tempo que reduz os riscos de perdas por fraudes ou furtos internos, além de auditar todas as operações realizadas e detectar as notas falsas.

5. Por fim, com o reaquecimento econômico, cresce também a possibilidade de o varejista ter a necessidade de contratar novos funcionários. Os furtos internos representam uma parcela significativa das perdas em vários canais do varejo. Para se ter controle sobre esse tipo de furto, é necessário que várias atitudes caminhem juntas com a prevenção. Manter uma equipe unida, com normas e procedimentos claramente definidos, selecionar e treinar adequadamente seu pessoal, são algumas das formas de prevenir os furtos internos e ter um ambiente varejista mais seguro e bem estabelecido.

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