As reações da Operação Carne Fraca no varejo

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A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira (17) a Operação Carne Fraca, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa supostamente liderada por empresários do agronegócio e fiscais, que pagariam propina para a liberação de mercadorias sem fiscalização.

Entre as envolvidas na investigação, estariam a JBS e a BRF, duas das maiores companhias globais da indústria de carnes.

Confira a seguir as reações de algumas empresas e entidades em relação às denúncias

ABRAS

A Operação Carne Fraca impactou também no mercado interno. Em nota, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) orientou seus associados a dar prioridade à “qualidade e à segurança na comercialização dos alimentos vendidos em todas as lojas do Brasil”.

A Abras destacou que sempre recomenda a aquisição de produtos com o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). “Vale ressaltar que as lojas não mantêm produtos perecíveis em estoque por mais de 10 dias, que é o prazo médio entre a produção e a comercialização”, observou. A associação informou  que está aguardando a identificação dos lotes irregulares para tomar as medidas necessárias.

Carrefour

O Carrefour no Brasil já exigiu esclarecimento aos fabricantes envolvidos nas denúncias da operação Carne Fraca da Polícia Federal, disse a rede varejista em nota.

A companhia destacou ainda que “possui controle rigoroso para seleção e monitoramento de seus fornecedores que, dentre outros critérios, exige o cumprimento das normas regulatórias determinadas pelas autoridades competentes para produção e fornecimento de alimentos”.

A operação Carne Fraca, a maior já realizada pela PF, identificou uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários federais e cerca de 40 empresas, entre elas as gigantes JBS e BRF e outras como Peccin Agro Industrial.

Walmart

O Walmart Brasil informou que já entrou em contato com todos os fornecedores citados na operação Carne Fraca da Polícia Federal nesta sexta-feira, solicitando esclarecimento, segundo nota.

A empresa afirmou que mantém um rigoroso programa de qualificação e certificação de todos os seus fornecedores de perecíveis, o que inclui certificação em segurança dos alimentos e auditorias, realizadas periodicamente por empresas especializadas contratadas.

Vigilância Sanitária RJ

Técnicos da Vigilância Sanitária Municipal recolheram, na manhã deste sábado (18), amostras de carnes e derivados em vários supermercados na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo é verificar as condições dos produtos que estão sendo levados ao público, após a operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal, que investiga a adulteração e venda de carne estragada.

Entre os produtos vistoriados estão amostras de carne embaladas à vácuo, linguiça calabresa e empanados de frango, que serão encaminhados ao Laboratório d Controle de Produtos da Vigilância Sanitária para passar por testes.

Os exames incluem análises microbiológica, que identifica a contaminação por microorganismos; de rotulagem, microscopia, análise sensorial, que verifica se a carne possui alterações de textura, odor e cor; além de análises físico-químicas.

Os produtos com resultados considerados insatisfatórios, com validade vencida e armazenados em temperatura inadequada terão lotes retirados dos mercados.

McDonald`s

A marca anunciou que está expandindo alguns testes para substituir os seus hambúrgueres congelados por carne sempre fresca.

Segundo a empresa, os primeiros testes começaram no meio de 2016, em Dallas (Texas).

Os planos ambiciosos do McDonald’s se destacam justamente em um momento crítico no Brasil, com JBS e BRF envolvidas em uma grande investigação da Polícia Federal (Operação “Carne Fraca”) que denunciou carne podre e outros produtos com má qualidade.

 

Fonte Agência Brasil Exame.com G1
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