Amazon está privilegiando produtos mais lucrativos em buscas, diz jornal

0 243

De acordo com o The Wall Street Journal, o algoritmo da Amazon está privilegiando os produtos mais rentáveis nas buscas realizadas pelos usuários, e não os mais relevantes. Esses podem ser os produtos vendidos pela própria empresa, mas não é regra.

A mudança nas buscas é significativa a clientes e outras empresas porque, além de ser um e-commerce, a Amazon também é um marketplace – ou seja, possibilita que terceiros também vendam em seu site. Dessa forma, os vendedores poderiam estar em desvantagem em comparação à varejista.

A Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos, que fiscaliza práticas abusivas de negócios, está entrevistando pequenas empresas que vendem na plataforma. O caso se repete na Europa: Margrethe Vestager, comissária europeia conhecida por investigar grandes empresas de tecnologia, iniciou uma ação na Comissão Europeia por suspeitas de práticas anticoncorrenciais. Há dois anos, o Google foi multado em 2,4 milhões de euros em uma investigação semelhante iniciada por Vestager.

A mudança no algoritmo causou polêmica dentro da própria empresa, segundo o veículo. O “A9”, time de engenheiros da Amazon localizado no Vale do Silício, discordou do time de varejo, sediado em Seattle, onde a empresa foi criada.

A reportagem cita algumas das características consideradas pelo algoritmo da Amazon para ranquear os produtos em uma busca: velocidade de entrega, avaliações, volume de vendas e quantidade disponível. A Amazon não revelou todos os critérios levados em conta pelo sistema, embora reconheça que lucratividade é um deles. “Nós não mudamos o critério que usamos para ranquear resultados para incluir lucratividade”, afirma a porta-voz Angie Newman em uma declaração por e-mail, justificando que a lucratividade a longo termo sempre foi algo considerado pela companhia.

“Quando testamos qualquer ferramenta nova, inclusive mudanças na busca, olhamos para um número de métricas, incluindo o lucro a longo prazo, para ver como essas novas iniciativas irão impactar na experiência do consumidor e em nosso negócio, como qualquer loja racional iria, mas não fazemos decisões baseadas em apenas essa métrica”, disse Newman ao WSJ.

Fonte StartSE
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.