ACSP: Vendas do varejo crescem 5,8% em novembro

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A consolidação da Black Friday no varejo brasileiro puxou uma alta significativa nas vendas do comércio paulistano em novembro. O movimento registrou crescimento médio de 5,8%, ante igual período de 2018, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Na comparação anual, o indicador de vendas à vista subiu 7,6% com o aumento na procura por itens de vestuários, calçados, artigos de uso pessoal e eletroportáteis de valores mais baixos, como, por exemplo, ferro elétrico e sanduicheiras. Já nas compras parceladas ou a prazo, a alta foi de 4%, puxada pelo aumento do crédito pessoa física.  “O consumo está se espraindo para outros itens, além dos gêneros de primeira necessidade”, diz Emílio Alfieri, economista da ACSP.

Além das ofertas de Black Friday, os fatores circunstanciais que puxam esse movimento, segundo Alfieri, são a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), os juros em queda e, no caso dos bens de menor valor, o crescimento do emprego, ainda que informal.

“De um ano para cá, foram 1,6 milhão de novas vagas, embora grande parte delas seja de origem informal. Mesmo sem condições de abrir um crediário, o trabalhador já tem um dinheiro extra para gastar.
O economista também destaca que as lojas se anteciparam e anunciaram promoções durante todo o mês de novembro, pegando carona na Black Friday.

Na comparação com o mês anterior, a alta média foi ainda maior, de 11,2% – sendo 16,3%, nas vendas à vista e crescimento de 6,1% no movimento a prazo. No acumulado de janeiro a novembro, a alta média foi de 2,3%, sendo que as vendas à vista cresceram 3,1% no período, e as a prazo, 1,5%.

Alfieri explica que o crescimento circunstancial decorreu do aproveitamento das lojas físicas em relação a Black Friday e pode não se repetir no Natal, cuja expectativa de alta está em torno de 3% – o que pode elevar minimamente a média anual.  “Importamos de fato a Black Friday. Embora não fosse esperado pelo mercado, essa ideia de transformar a data em um mês promocional acabou dando certo e trouxe uma tração para a média acumulada que até outubro girava em torno de 1,9%”.

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