Por Celso Sato*
Com a chegada da pandemia, os varejistas e seus executivos ficaram ainda mais sobrecarregados. Se reinventar tem sido um desafio diário e ao mesmo tempo, são tantos detalhes que é impossível se aprofundar num deles.
Nessa jornada, todos tiveram de ser ágeis para continuar sobrevivendo. Imagine que o comportamento de consumo dos clientes mudou de uma hora para outra. As rupturas, logo em que o COVID-19 foi anunciado, aumentou muito em alguns produtos e outros ficaram encalhados. Ou seja, imagine que o boleto acordado com a indústria não deixou de chegar. O que estava no planejamento teve de ser alterado e nem deu tempo de fazer a venda daquele produto que tinham grandes estoques. Pior ainda para os pequenos e médios varejistas que não têm a mesma facilidade de crédito como têm as grandes empresas.
No entanto, quero aqui contribuir, dizendo que hoje é possível, graças às plataformas tecnológicas, ter acesso a crédito de forma mais fácil e alongar os prazos de pagamentos juntos aos fornecedores. Hoje é mais fácil acompanhar sua vida financeira e tirar um retrato do seu histórico e não só de um momento. O que era acessível somente aos grandes, a tecnologia conseguiu democratizar. São fintechs, techfins, plataformas, apps.
Dizem que estamos fazendo a transformação digital acontecer em cinco meses o que seria realizado em cinco anos. E a pandemia deixar isso mais latente. Análises do lado positivo, ainda bem que a tecnologia está presente. Não consigo imaginar a catástrofe que seria durante o COVID-19 se não tivéssemos acesso à internet, compras online, formas de se trabalhar em home office. Do outro lado, começamos a dar importância no engajamento das equipes, principalmente, as de linha de frente que agiram como soldados numa grande guerra.
Leia mais: inovar na crise é questão de sobrevivência
Portanto, varejistas hoje tem de pensar no investimento tecnológico para que seus profissionais possam ter mais tempo livre para cuidar das estratégias e deixar muitas atividades operacionais para robôs e inteligências artificiais. E tenho certeza que saiu na frente aqueles que usaram a tecnologia para tomar uma decisão mais ágil e assertiva.
*Celso Sato é presidente da Accesstage e colunista do Portal Newtrade