Estudo Nielsen: Hábitos de ver TV estão mudando na América Latina e no Brasil

0 249

As formas de ver conteúdo de televisão estão mudando e os consumidores brasileiros estão a par desta realidade. No país, quase 7 em cada 10 entrevistados dizem ver programação VOD (Video on Demand, sigla em inglês), enquanto a média na América Latina é de 6 por 10, de acordo com o mais recente Estudo Global da Nielsen sobre  Vídeo Sob Demanda.

Quando questionados sobre qual tipo de serviço que atualmente pagam para assistir a programação televisiva, de VOD ou de ambos, a assinatura de TV a cabo se destaca com 56% na região latina e com 47% no Brasil. O serviço online está ganhando importância, mas ainda não é muito expressivo, mantendo-se em 23%, embora seja um dos mais altos na região.

“As opções atuais são tão variadas que, hoje, sentar-se na frente da tela na sala e esperar o programa favorito começar no horário definido não é mais o que os consumidores esperam. O crescimento da programação de vídeo sob demanda traz diversas opções nas quais os espectadores podem baixar ou transmitir conteúdo a partir de um pacote de TV tradicional ou de uma fonte online, criando grandes oportunidades para os consumidores, que agora têm mais controle do que nunca sobre o que, quando e como assistir”, diz José Calazans, consultor de mídia da Nielsen Brasil.

Entretanto, entre os entrevistados latinos, os brasileiros, depois dos chilenos, são os que mais planejam cancelar suas assinaturas de TV a cabo e/ou satélite em troca de serviços apenas online (27% vs. 24% da média da região). O impacto a longo prazo do crescimento de assinaturas de serviços online é ampliado, principalmente, por sua popularidade entre os consumidores mais jovens entre as Gerações Z (15-20) e Millenials (21-34).

De qualquer forma, o estudo mostra que, atualmente, os serviços online e tradicionais não são mutualmente exclusivos, mas sim complementares. “A popularidade crescente de serviços de vídeo somente online continuará a exercer pressão sobre as redes e sobre os distribuidores multicanal de programação de vídeo, mas uma substituição em massa de um para o outro é improvável. Esse estudo mesmo mostrou que apenas uma pequena porcentagem dos que expressaram o desejo de cancelar o serviço multicanal realmente o fez”, comenta Calazans.

De acordo com o estudo, o computador e o celular são os dispositivos mais utilizados pelos brasileiros para ver VOD. Enquanto a média na América Latina de uso de celular para assistir VOD é de 57%, no Brasil esse número aumenta para 61%. O computador, na liderança, é usado por 81% dos latinos e dos brasileiros – um percentual bem expressivo. Outro dado interessante do estudo é que 23% dos entrevistados latinos assistem VOD mais de uma vez por dia e os brasileiros, 24%.

Quando questionados sobre que tipos de vídeos sob demanda assistem mais, os entrevistados brasileiros preferem filmes (89% vs. 88% na região), séries (54% vs. 54%), documentários (42% vs. 45%) e comédias (42% vs. 40%). Programas de TV, esportes, programas infantis e de culinária, dramas e outros também aparecem na lista, mas com porcentagens menores.

Mais opções de programação também significam mais mensagens publicitárias. Os consumidores têm contato com um número muito maior de anúncios, porém no Brasil a sensação de saturação é bem menor que a média global. No mundo, 62% dos entrevistados que veem VOD concordam plenamente ou parcialmente que os anúncios online antes, durante e depois da programação VOD causam distração. No Brasil, esse índice é de 51%.

Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.