Como comprar dólar e driblar a alta das moedas nas viagens internacionais

0 162

A alta expressiva da moeda norte-americana nos últimos meses deixa apreensivo quem vai viajar para o exterior. O Banco Central divulgou na sexta-feira (23) que as despesas dos brasileiros no exterior somaram US$ 1,26 bilhão em setembro de 2015, o que representa uma queda de 47% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 2,38 bilhões).

No entanto, há dicas que podem ajudar o turista em todos os momentos de preparação da sonhada viagem. Segundo Alexandre Fialho, diretor da distribuidora de câmbio turismo Cotação, três pontos importantes precisam ser analisados para diminuir a angústia dos brasileiros. São eles:

1) Compre a moeda estrageira em vezes. “Divida o tempo que falta para a viagem em quatro vezes e faça a compra nos dias. Um exemplo: se faltam dois meses, compre de 15 em 15 dias, pois isso ajuda com que se chegue a uma média de preço dentro do último prazo. Isso tira a angústia de comprar tudo na alta. Quanto mais média você fizer, maior a diminuição do impacto da variação cambial.”

2) Leve sempre a moeda do país de destino. Exemplo, muita gente leva euro para a Inglaterra, que tem como moeda oficial a libra esterlina. Chega lá e tem de fazer outra operação de câmbio, que uma financeira ou casa de câmbio vai cobrar entre 10% e 15% pela transação. “Isso é muito mais que a variação do dólar ou euro aqui, 2% ou 3%. E será a segunda operação que vai fazer lá fora.

3) Leve dinheiro vivo.  Se você quiser economizar de verdade, leve a moeda do país que você vai visitar. Isso faz com que você economize o pagamento de 6% de IOF para transações financeiras em meio eletrônico, seja no cartão de crédito ou débito. Essa é a melhor solução do ponto de vista financeiro, mas em caso de furto e roubo, é prejuízo certo.

Cartão de débito versus cartão de crédito

O cartão pré-pago tem a vantagem de fechar o câmbio na data da compra, depois não oscila mais. Outra coisa, com o pré-pago é possível prever exatamente quanto vai pagar. Evite o cartão de crédito porque a cotação utilizada é a do fechamento do cartão, o que demora um tempo e pode elevar substancialmente o preço da moeda.

A vantagem do “plástico” é a segurança em relação ao dinheiro em espécie. Caso você seja furtado ou roubado, é possível cancelar o cartão rapidamente enquanto o prejuízo se levarem a moeda fica todo com o turista.

Mas a vantagem da moeda é que na compra o consumidor paga apenas 0,38% pela operação de câmbio ao banco ou casa de câmbio. Já nos cartões de crédito e débito, o brasileiro paga hoje 6,38% acima do valor comprado (6% de IOF e 0,38% de operação de câmbio).

Desvantagem do cartão de débito

Assim como no cartão de crédito, não compensa financeiramente sacar dinheiro em espécie no cartão de débito em outro país. “A tarifa do saque de cartão de débito é de US$ 2,5.” Já a vantagem dessa modalidade de crédito é o fato de o extrato pode ser acessado pela internet e pode ser carregado via transferência bancária.

Procura por dólar do Canadá e da Nova Zelândia estão em alta

Segundo Fialho, nos últimos anos a procura pelo dólar canadense teve uma alta expressiva, mas a moeda que mais cresce na procura é o dólar neozelandês. “Temos visto um grande movimento em busca de intercâmbio e viagens para a Nova Zelândia, assim como o Canadá teve crescimento recente. Esses países têm o dólar mais barato. Esse é o grande atrativo”

De acordo com dados da Cotação, o brasileiro gasta, em média, 30% do investimento total da viagem ao exterior na compra de moeda. Fonte: IG.com

Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.