Brasileiros ajustam gastos por conta da crise

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Pesquisa divulgada nesta terça-feira (12) revela que 85,9% dos brasileiros se viram obrigados a ajustar o orçamento doméstico por conta da crise econômica, que gerou aumento do desemprego e queda da renda. O levantamento foi feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e entrevistou 602 pessoas em todas as capitais e, também, em cidades do interior.
“A inflação, os juros elevados e o desemprego pioram a situação financeira das famílias e, muitas vezes, exigem mudanças no padrão de gastos para se adequar a nova realidade. Apesar do momento difícil, essa é uma hora propícia para desenvolver hábitos mais saudáveis e evitar desperdícios e compras desnecessárias”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.Segundo a pesquisa, 87% dos entrevistados admitiram que agora estão dedicando mais tempo para pesquisar preços e 80% estão evitando comprometer sua renda com compras de calçados e roupas. O estudo ainda revela que 44,3% dos entrevistados estão com as finanças descontroladas.

O que as pessoas estão deixando de fazer
Segundo a pesquisa, a lista de restrições por conta da crise financeira abrange desde evitar comprar produtos e serviços com os quais sempre estiveram acostumados (79,1%) até optar por produtos de marcas mais baratas (76,9%); deixar de viajar (75,5%) e de sair com os amigos para bares e restaurantes (71,3%).

Gastos com produtos de beleza (56,8%) e serviços como internet e celular (30,7%) e TV por assinatura (28,9%) também foram alvos de cortes, mas em menor proporção que os demais. Para completar a lista, 25,9% dos entrevistados deixaram de ir à academia e 25,1% tiveram de abandonar cursos de idioma, escolas particulares ou faculdades, informaram a CNDL e o SPC Brasil.

Brasileiro vai atrás de renda extra
A pesquisa mostra que o rearranjo das finanças que o brasileiro tem posto em prática tem como objetivo tanto o corte de despesas como o aumento de sua fonte de renda.

Segundo o levantamento, 41,7% dos entrevistados que estão empregados disseram estar fazendo “bicos” ou trabalhos extras para complementar o salário.

“O percentual é mais expressivo entre os jovens de 18 a 34 anos (49,5%) e membros das classes C, D e E (47,0%). Dentre os entrevistados que não estão trabalhando, o percentual de quem admite ter começado a fazer bicos para sobreviver em meio a crise é ainda maior e chega a 55% da amostra”, informaram as entidades.

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