Luiza Trajano diz que momento atual do Brasil é sério

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Diante do baixo ritmo da economia e da queda na confiança de empresários e consumidores, o setor varejista brasileiro enfrentou um primeiro trimestre difícil em comparação com igual período do ano passado, afirmou a presidente da rede Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano.

Confira entrevista exclusiva com Luiza Trajano, presidente do Magazine Luiza

A executiva afirmou durante evento promovido pela Associação Brasileira de Private Equity e Capital de Risco (ABVCap), na última semana, que o atual momento político e econômico vivido pelo país “é sério” e defendeu ajuste fiscal planejado pelo governo federal.

“O Brasil vive um momento difícil, estamos em um momento político muito mais sério que o econômico, mas essa não é a primeira crise (vivida pelo país)”, disse a executiva no evento, em referência a crises sofridas durante governos anteriores do país.

“Acho que (o ajuste fiscal) é necessário, mas tem que ser muito bem explicado e comunicado para onde nós vamos”, disse ela, acrescentando que a performance de vendas do varejo brasileiro no primeiro trimestre foi “mais difícil” que no mesmo período de 2014, quando o setor foi apoiado por produtos relacionados à Copa do Mundo, principalmente, televisores.

Nesta terça-feira, a empresa de análise de informações de crédito Serasa Experian afirmou que a atividade varejista do Brasil fechou o primeiro trimestre com crescimento anual de apenas 0,6 por cento, o pior resultado dos últimos 12 anos.

No ano passado, de acordo com Trajano, que também lidera o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), o setor varejista nacional cresceu perto de 7 por cento, mas as projeções iniciais para esse ano apontam para crescimento de entre 3 e 4 por cento.

“O desempenho desse ano vai depender de quanto tempo durar a crise. O segundo semestre é sempre mais importante. Se a crise durar o ano todo vai crescer nada, ou seja, 1 ou dois por cento. Se não durar, pode crescer 3 ou 4 por cento”, disse ela.

A executiva afirmou que a inadimplência no varejo está sob controle e que as redes terão que negociar com fornecedores.

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