Google Chrome começará a bloquear publicidade invasiva

0 633

Desde ontem, quinta-feira, anúncios considerados irritantes começarão a ser bloqueados no Google Chrome, o navegador da gigante de buscas. A medida havia sido anunciada pela empresa em junho do ano passado como uma forma de tornar a publicidade online menos invasiva. O sistema será semelhante ao usado em aplicativos independentes, como o AdBlock, porém de forma mais branca. Em vez de bloquear todos os anúncios, focará apenas em peças que contrariem as políticas estabelecidas pela chamada Coalizão por Melhores Anúncios, da qual a Google faz parte. Janelas “pop-ups”, por exemplo, devem ser bloqueadas. Usuários serão notificados quando um site tiver publicidade bloqueada pelo Chrome.

A iniciativa é uma forma de convencer os usuários a desativar seus bloqueadores independentes, que prejudicam o faturamento com publicidade da companhia, destaca reportagem da agência de notícias AP. A ideia é que anunciantes em desacordo com as regras adequem seus materiais para que fiquem de acordo com as diretrizes. Segundo o site especializado Techcrunch, 42% já fizeram isso, após serem alertados pela Google.

Publicidade

Como a Coalizão é mais focada na América do Norte e na Europa Ocidental, é provável que o filtro comece a funcionar primeiro nessas regiões, observa o Techcrunch. Ainda assim, é possível que internautas brasileiros percebam as mudanças. A Google levará em consideração não o país de cada usuário individual, mas sim a origem da maioria dos visitantes de cada site. Assim, um brasileiro que acessar um site americano que tenha caído na malha fina do Chome deve ver o aviso de publicidade bloqueada como se estivesse nos Estados Unidos.

Conteúdo ofensivo

O movimento da Google ocorre enquanto a companhia lida com outra crise, relacionada ao gerenciamento de conteúdo considerado ofensivo. Na segunda-feira, a Unilver afirmou que estuda retirar publicidade de plataformas que não consigam conter conteúdos extremistas, sexistas e impróprios para crianças.

Um dia depois, o Reino Unido revelou que está desenvolvendo uma nova tecnologia para remover material extremista das redes sociais. O sistema é baseado em inteligência artificial que analisa o som e os componentes visuais do vídeo para buscar “sinais sutis”. O sistema foi apresentado pela secretária de Estado para os Assuntos Internos, Amber Rudd, para as empresas de tecnologia do Vale do Silício, sede de gigantes como Facebook e Google.

Fonte O Globo
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.