E-commerce do Brasil está entre os que devem fazer mais sucesso em 2019

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O comércio eletrônico está em alta no mundo inteiro, com indicadores que tendem a melhorar ainda mais neste ano. “Com uma expectativa global de movimentar incríveis US$ 4 trilhões até 2025, o e-commerce vai exigir preparo por parte dos varejistas, que devem estar prontos para aproveitar mercados internacionais com grande potencial”, diz Sarah Elizabeth Zilenovski, gerente de Marketing da ClearSale USA. Abaixo a executiva lista os países que mais devem movimentar o comércio eletrônico em 2019.

Brasil

Os brasileiros gostam dos bons negócios em ofertas online, e são bem conhecidos neste segmento, entre outras coisas, pelo consumo de produtos de moda. No entanto, estimativas do mercado mostram que o brasileiro ainda é cético em relação ao pagamento via internet – 49% dos consumidores brasileiros já sofreram fraudes em cartões de crédito, o que é bem acima da média global, que fica em cerca de 30%.

Como resultado, a maioria dos compradores de comércio eletrônico do Brasil prefere pagar em dinheiro no ato da entrega, em vez de correr o risco de ser fraudada em uma operação virtual.
Varejistas de-commerce que puderem oferecer entrega gratuita e puderem trabalhar com as opções de pagamento preferida pelos consumidores estarão prontos para aproveitar o mercado de aproximadamente US$ 20 bilhões, e que deverá crescer 22% nos próximos anos.

China

Graças à grande população do país e à crescente popularidade do Alibaba, gigante do varejo online, o comércio eletrônico na China disparou, produzindo o maior mercado de comércio eletrônico do mundo. Enquanto as vendas de e-commerce da China em 2015 totalizaram pouco mais de US$ 425 bilhões, em 2017 esse número disparou para US$ 672 bilhões. O comércio eletrônico representa 15,9% de todas as vendas no varejo na China.

Neste cenário, os consumidores tendem a ser fortemente influenciados pelo e-mail marketing: em média, 75% dos consumidores fazem uma compra depois de receber e-mail marketing de varejistas. As decisões de compra dos chineses também estão ligadas a influenciadores e à quantidade de detalhes e imagens chamativas nas páginas de produtos nos sites.

Reino Unido

Com mais de 86% da população conectada e fazendo compras online, o Reino Unido frequentemente lidera a Europa em compras pela internet.

Foram mais de US$ 176 bilhões em compras online em 2016, e 96% das transações foram pagas com cartões de crédito e débito. Apesar disso, os britânicos ainda não adotaram o chamado m-commerce – apenas 16% dos consumidores usam seus smartphones para fazer compras. Os dois maiores fatores para influenciar as compras no Reino Unido são frete grátis e datas de entrega opcionais.

A Amazon, assim como em muitos outros mercados globais, detém a maior posição de varejo de comércio eletrônico no mercado do Reino Unido.

Alemanha

A Alemanha também está consolidada no top 10 dos mercados globais ano após ano, com vendas anuais de e-commerce totalizando mais de US$ 65 bilhões. Este alto volume se dá, em parte, graças aos mais de 63 milhões de usuários online – aproximadamente 90% da população.

No entanto, os compradores alemães são cuidadosos. Eles rastreiam de perto os varejistas de comércio eletrônico, e 82% dos consumidores alemães informaram os termos e condições antes de fazer uma compra online. Esses compradores estão especialmente preocupados com a forma como seus dados pessoais serão usados, a segurança de suas informações de pagamento e as políticas de envio e devolução de produtos.

Enquanto a maioria dos varejistas de pequeno e médio porte tem dificuldades em competir contra gigantes como Amazon e OTTO, pequenas lojas de moda podem ter melhor sorte no mercado alemão.

Canadá

Atualmente, mais de 65% das compras do Canadá são feitas de comerciantes estrangeiros. A Amazon é um dos principais sites de comércio eletrônico, com a Costco em segundo lugar. No entanto, outras marcas estrangeiras, como a Walmart, estão ansiosas para capturar sua fatia das vendas de US$ 37 bilhões do Canadá no comércio eletrônico.

Ao contrário dos consumidores brasileiros, os compradores canadenses se sentem muito mais confortáveis em entregar suas informações de cartão de crédito aos comerciantes online. A partir de 2017, 93% dos compradores já usavam cartões de crédito como o método de pagamento escolhido para suas transações online.

Estados Unidos

Em 2017, o mercado de comércio eletrônico dos EUA foi o segundo maior do mundo, chegando a US$ 340 bilhões, graças, em parte, a plataformas gigantes como Amazon e eBay. A Amazon registrou uma temporada recorde de compras de fim de ano em 2018, com mais itens encomendados em todo o mundo do que nunca. Os compradores dos EUA também começaram a fazer mais compras pelo celular. Essas transações agora respondem por 25% de todas as vendas online dos EUA.

Mas, enquanto mais clientes internacionais compram de lojas sediadas nos EUA, os compradores domésticos continuam cautelosos com as transações internacionais. Os clientes continuam preocupados com a segurança de suas informações pessoais e têm mais chances de comprar com varejistas que demonstram implementaram ferramentas de segurança modernas.

E, no entanto, especialistas preveem que isso não irá desacelerar o crescimento. As vendas online dos EUA devem crescer a uma taxa anual de mais de 9% nos próximos cinco anos.

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