As maiores mentiras do mundo da tecnologia de 2018

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O mundo da tecnologia passou por grandes reviravoltas em 2018. Ciberataques sem precedentes, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, no banco dos réus, além de muitas mentiras. No ano em que gigantes de tecnologia se envolveram em grandes escândalos, o site Gizmodo fez uma seleção dos casos mais controversos do ano.

Entre os episódios estão o tuíte polêmico e a saída de Elon Musk da presidência da Tesla, a concorrência promovida pela Amazon para eleger sua segunda sede e a versão censurada do Google na China.

8. Criptomoeda vai “à lua” em 2018
Hodlers

Pouca gente entende como funciona, mas criptomoedas viraram assunto no mundo inteiro, principalmente após o bitcoin chegar a uma alta de US$ 20 mil. Enquanto especialistas acreditavam que a moda da moeda virtual se tratava de uma fraude, outros acreditavam que  futuro brilhante das criptomoedas e do blockchain estava praticamente certo, uma vez que até os operadores Wall Street ficaram entusiasmados com as apostas a favor ou contra o bitcoin.

Após o estouro da bolha em fevereiro, o valor do bitcoin caiu 80% até dezembro, contrariando os mais entusiastas que acreditavam que o preço da moeda “chegaria até a lua”. Para muitos, 2018 não significou o fim do bitcoin, mas provou que o mundo pode não estar pronto para seu “lançamento”.

7. Você não pode comentar em nosso site porque fomos vítimas de um ataque DDoS
FCC

Ajit Pai, presidente da “Anatel dos Estados Unidos”, a Comissão Federal das Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês), foi o responsável pelo fim da neutralidade de rede no país. A medida que desclassificou a internet banda larga como serviço de utilidade pública e passou a permitir que as empresas de telecomunicações controlem e até limitem os dados que circulam na internet. Para defender a medida, Ajit argumentou que as empresa teriam mais liberdade para investimentos em infraestrutura e garantir melhorias.

Enquanto a decisão avançava rumo à aprovação, a janela de comentários no site da FCC que permitia ao público opinar sobre a medida saiu do ar. O órgão afirmou que foi vítima de um ataque DDoS (Distributed Denial of Service), que impediu o público de expressar suas opiniões sobre a neutralidade de rede. Por coincidência, o ataque ocorreu no momento em que um programa de televisão nos EUA incentivava as pessoas a irem ao site e deixar um comentário.

Em agosto de 2018, um relatório da Comissão Federal de Comunicações afirmou que o ataque se tratava de uma farsa, e lei da neutralidade de rede está sendo contestada pelo Departamento de Justiça dos EUA (DoJ).

6. “Eu estava totalmente alheia a toda essa coisa de George Soros”
Sheryl Sandberg

Em 2018, as fake news estiveram no centro das atenções depois que empresas de tecnologia foram acusadas de usar notícias falsas para influenciar eleições presidenciais. A partir daí, os episódios deram margem para acusações entre governos e várias teorias da conspiração que, desta vez, envolveu o Facebook.

Uma investigação do jornal americano The New York Times revelou que a rede social contratou uma empresa de pesquisa de oposição chamada Definers Public Affairs para investigar críticos à empresa e espalhar pontos negativos sobre eles. Entre os tais críticos, o investidor e filantropo George Soros. A empresa escreveu histórias duvidosas em seu próprio site de notícias sobre Soros e a disseminou entre jornalistas.

COO do Facebook, Sheryl Sandberg afirmou que não tinha conhecimento sobre a contratação da empresa de pesquisa. Entretanto, a gigante de tecnologia assumiu que Sandberg havia encomendado pessoalmente uma pesquisa sobre o milionário para investigar possíveis motivações políticas ou econômicas por trás das retaliações de Soros ao Facebook.

5. Se formos maiores, isso criará mais concorrência
AT&T

O grupo de telecomunicações AT&T obteve aprovação da Justiça dos EUA para comprar a Time Warner por US$ milhões. O governo do presidente Donald Trump tentou impedir a fusão, alegando que a aliança entre o maior provedor de TV a cabo do país e a gigante de entretenimento traria prejuízos à concorrência. Em resposta, AT&T argumentou que a empresa precisava ser maior para competir com companhias como Google e Netflix. Já as outras empresas consideram que a compra seria mais uma mera forma de as empresas acrescentarem receitas às suas operações.

4. Amazon vai construir uma segunda sede em uma cidade de sorte
Amazon

O “concurso” promovido pela Amazon para escolher uma cidade para receber sua segunda sede levou prefeitos e governantes a ofertarem bilhões de dólares em subsídios e vantagens  para a empresa do homem mais rico do mundo, Jeff Bezos. Depois reunir quantidades incalculáveis de dados valiosos que as cidades estariam dispostas a oferecer, a Amazon escolheu Nova York como segunda sede, além de Arlington, Virgínia, localizada nos arredores de Washington, DC.

Após a decisão, a empresa reduziu pela metade a estimativa de vagas de trabalho a serem abertas na nova sede.

3. Não usaremos IA para fins que contrariem princípios amplamente aceitos de direito internacional e direitos humanos
Google

Em 2018, alguns acontecimentos abalaram a relação entre o Google e seus funcionários, como acusações de casos de assédio envolvendo executivos. Outras questões também renderam críticas à companhia, como o Dragonfly. Trata-se de um projeto confidencial para lançar seu mecanismo de busca em uma versão censurada na China.

O serviço ofereceria buscas limitadas, filtrando resultados relacionados a tópicos proibidos no país. Embora o projeto tenha sido alvo de investigações por violar um conjunto de princípios corporativos assinado pelo CEO Sundar Pichai, a companhia afirmava que não havia a intenção de lançar o produto.

Um dos princípios assinados por Pichai previa que o Google não implantaria Inteligência artificial em tecnologias cujo objetivo contrarie princípios do direito internacional e direitos humanos.

2. “Financiamento garantido”.
Elon Musk

Apenas um tuíte foi necessário para que o multimilionário sul-africano Elon Musk se envolvesse em uma série de polêmicas que ameaçaram sua habilidade de comandar a Tesla. Em agosto, o executivo publicou nas redes sociais a possibilidade de retirar a companhia da Bolsa. Por fim, a privatização da Tesla não aconteceu, mas resultou em uma investigação pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) e sua saída presidência da empresa.

1. “Nós demoramos muito para reagir.”
Facebook

Os escândalos envolvendo o Facebook podem certamente tornar a gigante de tecnologia a mais mentirosa do ano. Pode-se dizer que o ano da empresa se resumiu a defender-se de uma série de acusações, recheando as páginas e jornais dos veículos de imprensa por meses a fio.  O fato de que a rede social “demorou muito para reagir” aos inúmeros problemas envolvendo a companhia que vieram à tona foi uma das maiores controvérsias este ano.

Um os casos envolvia um aplicativo que roubou milhões de dados de usuários, violando as regras de privacidade do Facebook. “Mark Zuckerberg finge ingenuidade há 14 anos como CEO do Facebook, e a maior mentira de sua carreira é que ele está apenas tentando tornar o mundo um lugar melhor”, diz a reportagem da Gizmod.

 

Fonte Época Negócios
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