3 dicas para nenhum hacker invadir seu Telegram

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A segunda-feira (10/06) foi intensa para o ministro da Justiça Sergio Moro, o Ministério Público Federal e a operação Lava Jato. Isso porque o site The Intercept Brasil, do jornalista Glen Greenwald, divulgou uma reportagem exclusiva, mostrando mensagens entre o então juiz federal e a força-tarefa da operação que indicariam uma possível atuação indevida de Moro na Lava Jato.

O veículo não divulgou a fonte das mensagens, mas o ministro foi vítima de um ataque hacker no início do mês, quando teve seu celular invadido por quase seis horas. O MPF não passou ileso. Em nota, afirmou que também foi vítima de um ataque hacker.

Ainda não se sabe ao certo como Moro teve seu celular hackeado. Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, empresa de softwares de segurança, acredita que a primeira possibilidade seria um acesso físico ao aparelho, conhecido como “total game over”. O especialista afirma que deixar notebooks e smartphones sozinhos facilita o processo. Na ocasião, criminosos instalam um trojan-spy ou um RAT, por exemplo, permitindo acesso total ao aparelho. “Viajantes frequentes podem ser vítimas fáceis de um ataque como esse.”

Há também a possibilidade de Moro ter caído num golpe chamado SIM-SWAP, em que o criminoso, com ajuda de alguém dentro nas operadoras de telefonia, ativa o número do usuário em outro SIM card. O golpe pode afetar programas de mensagens instantâneas, como WhatsApp e Telegram.

Em maio deste ano, o WhatsApp passou por um ataque hacker que afetou 1,5 bilhão de usuários. Depois de detectar o ataque, a empresa sugeriu à população que atualizasse o aplicativo. Essa, segundo Assolini, é uma boa recomendação para evitar ataques hackers no seu aparelho. O especialista listou essa e outras dicas para quem está com medo de ter seu smartphone violado.

Confira abaixo:

Atualização

É sempre bom manter seus aplicativos e sistema operacional atualizados. Quando as empresas encontram alguma vulnerabilidade crítica ou desconhecida, costumam repará-las em novas atualizações.

SIM Swap

A Anatel e as operadoras de telefonia móvel já estão discutindo uma forma eficaz contra o SIM Swap. Por enquanto, o melhor a ser feito seria implementar uma mensagem automatizada para alertar o proprietário quando há uma solicitação de troca do chip. Se essa troca não foi pedida pelo usuário, ele deve entrar em contato com a operadora em uma linha direta para fraudes. Isso não impedirá o SIM Swap, mas avisa o proprietário para que ele possa responder o mais rápido possível em caso de atividades maliciosas. Para usar esse recurso, é preciso entrar em contato com sua operadora.

WhatsApp

No caso do WhatsApp, os usuários devem ativar a dupla autenticação (2FA) usando um PIN de seis dígitos no dispositivo, pois isso adiciona uma camada extra de segurança, mais difícil de se burlar. Além disso, indica-se ao usuário solicitar que seu número seja retirado das listas de aplicativos que identificam chamadas, porque podem ser usados por golpistas para encontrar seu número a partir do seu nome.

Fonte Época Negócios
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