Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 27 e 30 de outubro e a margem de erro é de 4,3%.
Segundo o levantamento, as lojas de porte médio e grande foram as que registraram os melhores resultados no mês (12% e 13%, respectivamente). Já os pequenos estabelecimentos tiveram, em média, 2% de crescimento. No acumulado do ano, o setor tem desempenho negativo de 5%, mesmo índice apresentado nos últimos 12 meses.
Todas as categorias pesquisadas registraram crescimento de vendas em outubro, principalmente revestimentos cerâmicos (11%), cimentos e telhas de fibrocimento (10%), tintas (9%), louças sanitárias (7%), metais sanitários (6%) e fechaduras e ferragens (5%).
Para o presidente da Anamaco, os resultados de outubro pouco alteram as perspectivas para o ano de 2015. “O setor deve fechar o ano com uma retração de 5% na comparação com 2014. É a primeira vez, desde 1991, que nós não teremos crescimento, mas isso está diretamente ligado à diminuição da oferta de crédito e ao aumento do desemprego. Os nossos estabelecimentos em todo o Brasil cortaram cerca de 43 mil postos de trabalho (empregamos cerca de um milhão de pessoas em todo o país), além de termos registrado fechamento de pequenas e médias lojas”, explica.
Conz, no entanto, acredita que o setor conseguirá reverter esse quadro em 2016: “O ano que vem será mais positivo para o varejo de material de construção, principalmente a médio e longo prazo. Como eu disse, os imóveis brasileiros precisam de manutenção e reforma e as pessoas que estão adiando obras agora acabarão gastando mais, porque quando você adia uma reforma, isso pode demandar mais material de construção para o conserto ”, finaliza.