Retomada do consumo de bens duráveis só em 2018

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Pela forte dependência de crédito e por envolver produtos de ‘segunda necessidade’, o setor de bens duráveis é um dos que mais têm sofrido com a crise. Para este ano a previsão é de uma queda no faturamento da ordem de R$ 3 bilhões. A perspectiva é de uma recuperação só em 2018.

Os dados são do estudo ‘Comportamento de Compra de Bens Duráveis e Perspectivas em Tempos de Crise’, divulgado ontem pela consultoria GfK em parceria com o grupo Eletrolar. Segundo o levantamento, o volume de vendas nos cinco primeiros meses deste ano caiu para R$ 35 bilhões, contra os R$ 38 bilhões registrados em 2015.

Para a soma do ano, a previsão é de um faturamento de R$ 75,7 bilhões – cerca de R$ 3 bilhões inferior ao do ano passado. A expectativa em relação ao ano que vem é ainda mais pessimista e o setor deve faturar R$ 73 bilhões. “Em 2017 devemos retroceder ao mesmo patamar de 2012”, afirma o diretor da área de tecnologia da consultoria GfK, Oliver Römerscheidt.

Se comprovadas as previsões da empresa, os resultados devem fazer com que o Brasil perca participação de mercado dentro da América Latina, movimento esse que já vem se consolidando desde o ano passado, quando o market share do País na região caiu de 52%, em 2014, para 43%, um ano depois. A expectativa é que essa participação caia ainda mais, para 40% ao final de 2016.Em relação aos resultados de janeiro a maio deste ano, o executivo pondera que a demanda sofreu uma forte retração, mas que em decorrência do aumento dos preços dos produtos – em grande medida influenciado pela alta do dólar – o faturamento não sofreu tanto. Enquanto o número de unidades vendidas teve queda de 24% no período e na comparação interanual, o faturamento retraiu 9%. Já o preço dos produtos teve alta de cerca de 20%.

No primeiro quesito, as categorias que apresentaram os piores resultados foram informática, com queda de 33%; telecomunicações, que recuou 28%; e ar condicionado, que retraiu 26% (veja os dados das demais categorias no gráfico ao lado). Apesar da forte queda nas unidades vendidas, o faturamento do setor de informática teve queda de 24%, enquanto o de telecomunicações cresceu 1% no período.

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