Nove sinais apontam se sua gestão está ultrapassada

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Um líder com o estilo de gestão ultrapassado pode prejudicar os resultados de uma empresa, desmotivar a equipe e até mesmo perder seus funcionários. Porém, antes que a situação chegue ao extremo, alguns sinais de que ele não está no caminho certo que podem ser identificados.

1 Ter aversão a novas tecnologias
Talvez esse seja o sinal mais óbvio de que o estilo de gestão de uma pessoa pode estar rumando para uma queda livre. Não dá para ignorar as tranformações que o uso de dados e das redes sociais, por exemplo, provocaram na forma de gerenciar empresas e pessoas. De acordo com Fatima Motta, professora do curso de férias da ESPM, se um líder se coloca contra algum novo processo tecnológico, ou fica receoso, com medo, é um sinal vermelho. “A geração Y não suportaria trabalhar com um líder que não tem habilidades digitais”, endossa Glaucy Bocci, líder da área de gestão da consultoria Towers Watson.

2 Não buscar novos conhecimentos
Este é outro claro indício de que um chefe está ficando para trás. Não buscar desenvolvimento, não estudar ou não fazer novos cursos é característica de quem é acomodado — ou, pior, que acha que sabe de tudo. “Um líder nunca estará ultrapassado se estiver constantemente instatisfeito”, afirma Fatima.

3 Não se preocupar com sustentabilidade
Mais um sinal gritante. Só mesmo não vivendo neste planeta para não dar atenção às questões ambientais. “O gestor que só olha para o benefício imediato de suas ações, sem se preocupar com o quanto a decisão que ele toma afeta a natureza ou o ambiente em que ele vive, seja no âmbito social, político ou econômico; está completamente ultrapassado”,  diz Fatima Motta.

4 Não gostar de dar e, muito menos, receber feedback

Segundo a professora Fatima Motta, quem não gosta de receber feedback tem medo de mudança. “Ele (o chefe) não quer saber o que os outros pensam dele porque se sente confortável como está. Não aceita que precisa evoluir em seus comportamentos”, afirma. E é o mesmo medo de receber um retorno negativo que, muitas vezes, faz os chefes não quererem dar feedback aos seus subordinados. “Antigamente, o líder falava e os outros não podiam ter reação. Hoje, a noção de autoridade mudou, então ao dar o feedback, é preciso estar preparado para ouvir” explica Anderson Sant’Anna, coordenador do Núcleo de Desenvolvimento de Liderança da Fundação Dom Cabral.

5 Ficar sempre na defensiva
Sabe aquela pessoa que, ao ser apresentada a algum problema, tem sempre uma justificativa – e não uma solução –  na ponta da língua? “É o chefe que, em uma reunião, se limita a apresentar o que ele já fez, como quem diz ‘isso não é comigo’, ao invés de falar o que ele pode fazer para ajudar”, define Fatima.

6 Estar preso à hierarquia
É aquele chefe que acha que o seu subordinado deve cumprir uma tarefa só porque ele está mandando e, ao mesmo tempo, só faz o que o seus superiores pedem. “Ele se prende ao poder coercitivo da hierarquia, não é positivo”, diz Fatima. “A liderança, hoje, precisa estar mais próxima das pessoas. Ao invés de tomar decisão de cima para baixo, como no passado, o gestor precisa buscar trabalhar em times, gostar de brainstorms, de trocar informações”, diz Glaucy Bocci.

7 Não ter uma visão “multicultural”

Não se trata de morar em outros países, mas de estar disposto a conhecer culturas diferentes e ampliar os conhecimentos. “Também não adianta ir para Nova York  e Miami fazer compras, mas conhecer por exemplo, o deserto do Atacama e entender como aquele povo vive, de abrir a cabeça para outras relidades”, diz a professora Fatima Motta. É preciso também ter a habilidade de atuar globalmente, de entender como outras culturas trabalham. “Hoje, a geografia não é mais um impecilho. Não é preciso se deslocar. Com um clique, você vence as fronteiras do mapa mundi”, concorda Glaucy Bocci.

8 Achar que os funcionários estão “descomprometidos”
Aquele líder que sempre acha que a sua equipe está descomprometida, deve ficar atento. O problema, na verdade, pode estar com ele. “As pessoas sempre estão comprometidas com alguma coisa. Talvez o líder não esteja conseguindo detectar qual é o comprometimento que existe ali”, diz Anderson Sant’Anna. Segundo ele, pode acontecer de o gestor sustentar o imaginário de um modelo de funcionário que não exise mais: o que busca principalmente a segurança no emprego. “Hoje, mais do que isso, as pessoas querem ser reconhecidas, ter potencial de crescimento, se autodesenvolver, expressar suas opiniões”, pondera.

9 Não ouvir a equipe
O tempo do “manda quem pode, obedece quem tem juízo” está com os dias contados — se é que ainda não teve fim. “Hoje, o contexto maior é de subjetividade, inovação, criação, empreendedorismo. As pessoas querem se expor, se colocar. Mas o gestor às vezes só pensa nos resultados e esquece que são as pessoas que geram os resultados”, diz Anderson Sant’Anna.

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