Juros chegam ao nível mais alto do ano

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O consumidor voltou a pagar mais caro para financiar e fazer empréstimos em 2013. Entre seis linhas de crédito – juros do comércio, cheque especial, financiamento de veículos, cartão de crédito, empréstimo pessoal nos bancos e em financeiras – o aumento dos juros desde janeiro, ainda assim, caminhou em ritmo bem mais lento que a guinada da Selic no período: enquanto a taxa fixada pelo Banco Central (BC) subiu 2,25 pontos percentuais (de 7,25% para 9,5%) até outubro, os juros ao consumidor tiveram um aumento proporcionalmente mais modesto.

Eles alcançaram seu maior patamar em 12 meses em outubro, após seis altas seguidas. Chegaram a 91,42% ao ano, de acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) – um crescimento de 2,91%. No mesmo período, a Selic disparou 31%.

“Os juros do crédito não tiveram uma alta expressiva, mas ela aponta que os bancos continuam acompanhando a evolução da Selic, mesmo que moderadamente”, analisa o diretor executivo de estudos econômicos da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.

O consultor financeiro da Fundação CESP, Wilson Muller, concorda que o aumento dos juros este ano foi pouco significativo, mas acredita que as taxas continuam muito altas. “Mesmo com juros bem menores que no ano passado, eles continuam representando um risco de alto endividamento”, diz.

Recentemente, os bancos públicos lançaram mão de uma política de redução das taxas cobradas no crédito, o que forçou as instituições privadas a seguirem o mesmo caminho. A estratégia bateu com o ciclo de queda da Selic que teve início em meados de 2011, e só voltou a subir no início deste ano.

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