A petroleira francesa Total traçou planos ambiciosos para expandir sua atuação no Brasil. O primeiro passo foi dado, no fim do ano passado, com o consórcio formado para exploração de petróleo da área do pré-sal de Libra, na Bacia de Campos.
Nesse caso, a Total se associou à Petrobrás, Shell e às chinesas CNPC e CNOOC. Agora, o grupo avalia novos negócios no País, como distribuição de combustíveis – a companhia nacional Ale está no radar – e petroquímica. Libra foi um passo muito importante e reforçou a decisão estratégica da Total de crescer no País, disse Denis Palluat de Besset, presidente da petroleira no Brasil.
A companhia deverá investir este ano US$ 300 milhões em exploração. Esse valor representa 10% do orçamento global do grupo para óleo e gás.
E é, sem a menor sombra de dúvida, o maior investimento feito pela companhia no Brasil, afirmou o executivo, que também responde pela área de exploração e petróleo da companhia. Segundo Besset, os aportes da companhia em óleo e gás até 2020 estão estimados em, no mínimo, US$ 2 bilhões no País.
A Total é uma das integrantes do consórcio ganhador do leilão de Libra em outubro passado. Nesse consórcio, que ganhou o direito de explorar a área, a francesa ficou com 20%, Petrobrás (40%), Shell (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC 10% cada uma. A decisão de que o Brasil era estratégico para a matriz foi tomada há cerca de três anos.
Com o nosso expertise em exploração de petróleo, podemos colaborar com o desenvolvimento desse setor no Brasil, disse o executivo. Até então, a divisão de negócio do grupo mais forte no País era a de lubrificantes, que também está recebendo investimentos. Em 2012, o faturamento global da Total foi de 200 bilhões.