Em relatório divulgado hoje, dia 8/9, pela Nielsen, a educação, as despesas pessoais e a alimentação fora do lar são os que mais pressionam a inflação e apertam o bolso dos consumidores. ” O endividamento, embora pouco, também aumentou quando comparamos com o mesmo período de 2013, e a inadimplência está em um patamar baixo”, explicou Olegário Araújo, diretor de atendimento ao atacado e varejo da Nielsen. Ele ainda complementa que na média Brasil, as classes AB são as menos impactadas e que mais contribuem para o consumo. Entretanto, no estado de São Paulo, a classe C é que continua impulsionando o crescimento.
Da perspectiva do varejo, foi constatado que a inflação de custos anda pressionando as margens devido as negociações sindicais; a concorrência está acirrada em preços; houve também a redução do número de tíquetes por loja, mas as lojas de vizinhança apresentam melhor desempenho.
Para operar neste cenário, Araújo aponta algumas soluções como:
1 – As macro tendências continuam vivas na mente dos brasileiros: praticidade, qualificação do consumo, saudabilidade e autoindulgência. Quem melhor entender, fazer ajustes na operação e comunicar adequadamente terá melhores resultados;
2 – O ano de 2015 será um ano de ajustes. Neste cenário, busque desde já a produtividade nos processos, adequação de estoques (CD e loja).
3 – O consumidor quer manter as conquistas como comprar a marca de sua preferência. Por isto, para economizar, ele é multicanal. Tudo isto aliado com as macro tendências;
4 – Neste momento, ter clareza no posicionamento mercadológico é essencial;
5 – Para gerir melhor este momento, o seu profissional de TI precisa aprofundar no entendimento do negócio e gerar informações que ajudem nesta gestão, ou seja, identificar oportunidades e identificar pontos de atenção.
6 – Crie as condições para que todos tenham “a dor do dono”. A frase não é minha, mas esta se aplica a este momento no qual temos que a aproveitar as oportunidades para diferenciar o negócio, gerar receita adicional e identificar áreas de redução de custos. É o momento ideal para se preparar para 2015 no qual as margens podem ficar mais comprometidas.