Cadê o conteúdo?

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Planos, programas, metas e ideias para o futuro, alguém viu por aí? Nas últimas semanas, o volume de propaganda dos candidatos postulantes à Presidência da República foi extremamente negativo. Não que isto não tenha acontecido em outras eleições. É claro que aconteceu. De acordo com os cientistas políticos, em todas as democracias do mundo este tipo de propaganda é usada, sendo que – agora, segundo os publicitários -, as pessoas guardam sete vezes mais a informação negativa sobre determinado candidato do que a informação positiva. Não à toa, os candidatos que fazem uso destes recursos sobem nas pesquisas eleitorais realizadas após a utilização deste tipo de artifício.

Mas só para termos uma ideia do que isto representa, vamos aos fatos das últimas semanas: o partido que está no poder bombardeia a candidata que mais o ameaça de tirá-lo de lá. Já o candidato, que outrora representava a oposição ao governo federal que aí está, uma hora está de bem e outra hora está de mal da candidata sensação da eleição.  Enquanto isto, a candidata sensação diz que a empresa mor da nação que achou petróleo no fundo da terra e bem no fundo do mar é dirigida por alguém que saqueia o caixa desta empresa há mais de uma década – e com a conivência do governo. Enquanto isto, àquele que já foi presidente da República e que espera voltar algum dia ao cargo, no qual já esteve, nos braços do povo, ofende a candidata ambientalista e nova queridinha do País. A candidata chora. Sem dúvida, um trabalho bem feito dos marqueteiros, que ganham para preencher os espaços vazios dos espaços gratuitos televisivos, que estão bem vazios…. de conteúdo que interessa à sociedade.

Enquanto isto, a política econômica que me atinge e atinge a sociedade, que é o que interessa, é deixada em segundo plano. Mas, ao que tudo indica, pela primeira vez duas mulheres disputarão o segundo turno de uma eleição presidencial no País. Tá, mas e as propostas delas para o governo? Alguém sabe de alguma para a Previdência, por exemplo, ou para fomentar o desenvolvimento da indústria brasileira, em outro exemplo, ou no que se refere à infraestrutura, tão necessitada de investimentos mais vultosos e contínuos?

Bom, se o segundo turno for no ritmo do primeiro, teremos ataques cada vez mais baixos de ambas as partes, de fazer inveja as mais sangrentas lutas e combates do UFC. Ao final, àquela que não for a lona, comandará o País. E então, o que será de nós?

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