Faturamento do atacado recua, mas setor espera recuperação no fim de ano

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O faturamento do segmento atacadista distribuidor manteve o movimento de queda observado nos últimos meses, mas em ritmo menor.
De acordo com a pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), com um conjunto de empresas que fornecem números preliminares sobre o desempenho do setor, em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve retração de 2,38% no faturamento, resultado melhor do que o obtido em agosto, quando a queda foi de 3,99%.
A instituição iniciou 2014 com a previsão de crescimento de 3,5%. Em agosto, depois do efeito Copa do Mundo, baixou para 2,5% e pouco depois a expectativa foi alinhada entre 1,5% e 2%. Esses números embutem uma boa dose de otimismo, contando com uma reversão no comportamento do consumidor no último bimestre, em razão das festas de fim de ano e de alguns indicadores positivos.
“Não se descarta nova revisão da expectativa de crescimento desse ano para baixo, até porque as compras no atacado, que devem abastecer o varejo, já começaram. É preciso considerar também que, mesmo que o consumo reaja, pode não haver tempo para reverter a situação ainda neste ano. Enfim, as perspectivas ainda são incertas para 2014”, afirma José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD.
Em 2015, há um consenso no setor de que será um ano de ajustes econômicos, o que não deve favorecer grandes resultados. “Esperamos contribuir para manter o consumo em patamares capazes de dinamizar a nossa economia. Assim, em razão de nossa atuação proativa, levando em conta o crescimento de 2014, que deverá ser uma base de comparação baixa, e contando com a reação do consumidor, estamos por enquanto trabalhando com uma previsão de crescimento de 2% para o setor atacadista distribuidor em 2015”, conclui.
Para que isso aconteça, é primordial que a cadeia de abastecimento como um todo cresça. Por isso, a ABAD vai se unir à Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e a CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e mais cinco entidades representativas dos segmentos de comércio e serviços para levar à presidente eleita Dilma Rousseff um documento com propostas para incentivar o setor, que incluem desde as questões de infraestrutura até a tão esperada (e desejada) reforma tributária.
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