Saiba como melhorar sua operação na cadeia de frio

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A procura por produtos mais práticos tornou-se a aliada número 1 das indústrias que se empenham em levar saudabilidade para a mesa do brasileiro. E, tratando-se de opções relacionadas à conveniência dos pratos prontos congelados ou dos itens refrigerados, a expectativa de ganhar o paladar do consumidor é cada vez mais positiva e real. Diante de um cenário que deixa para trás tendências e destaca um novo conceito de alimentação diária, surge a necessidade de o distribuidor estar preparado e qualificado para garantir as qualidades do transporte, da entrega e do manuseio desses produtos.

Entre as categorias de resfriados e congelados comercializados no Brasil, as mais consumidas são iogurtes, embutidos, carnes, massas, lanches e saladas. De acordo com Rosmari Ghellery, CEO da Fibrasil Carrocerias, observa-se que nem sempre o transporte desses alimentos é feito de maneira correta. “Para se ter uma ideia, em um caminhão com baú de alumínio, nesses grandes congestionamentos dos centros urbanos, como os que costumam ocorrer em São Paulo, a temperatura interna pode chegar a 70 graus Celsius”, explica.

A Fibrasil tem investido em inovação e pesquisas para desenvolver, além de baús e carrocerias, um dos melhores equipamentos de refrigeração para o transporte e distribuição de cargas resfriadas e congeladas. “Atendemos empresas que investem na aquisição de um conjunto como um bom veículo, um bom aparelho de refrigeração e uma boa carroceria, que garanta a temperatura ideal para o transporte. Todos ganham. O alimento, que chega em ótimas condições ao consumidor final, é poupado da necessidade de descartes”, comenta Rosmari.

Manuseio ideal

A expressão “cadeia de frio” é utilizada há mais de trinta anos e refere-se à integração entre a produção e a logística de um produto, preservando suas condições de refrigeração e, consequentemente, sua boa conservação para uso ou consumo. Essa cadeia inclui ambientes refrigerados e climatizados, e controle das temperaturas em transporte e em estocagem.

Joice Sabatke, diretora da Catarinense Congelados

É importante que o distribuidor saiba distinguir itens congelados de resfriados. A diferença pode parecer mínima, mas a preparação da carga para transporte e as temperaturas são completamente diferentes. Com mais de trinta anos de mercado, a Catarinense Congelados preocupa-se com a qualidade com que os sorvetes Nestlé chegam aos seus clientes varejistas. Joice Sabatke, diretora da empresa, explica que os alimentos congelados precisam ser mantidos em temperaturas que variam entre –18ºC e –12ºC. Por sua vez, as categorias inseridas no modelo resfriado são mantidas de 6ºC a 10ºC. “Esse segmento exige muito do distribuidor e é recomendável sempre compartilhar boas práticas com os colegas. Em um País tropical, os cuidados com a armazenagem e o transporte são fundamentais e, por isso, devem ser considerados como prioridade pelo agente de abastecimento”, salienta Joice.

Graciela Civolani, gerente de Compras Produtivas da Danone, explica que o transportador e o distribuidor não são responsáveis pelo processo de armazenagem dos clientes varejistas. “A partir do momento em que a entrega do produto é feita no ponto de venda, é responsabilidade da loja manter os padrões de qualidade de armazenagem exigidos pela Danone.” Porém, a executiva destaca que o agente de abastecimento parceiro pode compartilhar orientações com os clientes varejistas, como os manuais de qualidade disponibilizados pela fabricante. “O Distribuidor Danone recebe treinamento constante sobre armazenamento, temperatura correta e organização dos produtos. Essas dicas podem ser passadas para o varejista a fim de garantir que o produto continue nas condições corretas de refrigeração”, completa.

Cláudio Almeida Faria, gerente-corporativo de Relações Institucionais da Pif Paf

Com representação de 96% do faturamento da Pif Paf, os alimentos refrigerados e congelados somam mais de 300 itens em um portfólio que vai de carnes a petiscos e vegetais. A empresa, que tem sede em Minas Gerais, acompanhou as tendências do consumidor moderno para desenvolver suas linhas de produtos. “Alimentos congelados são os que movem o nosso negócio. O crescimento é uma constante na Pif Paf. Nos últimos cinco anos, o grupo duplicou o faturamento da empresa, chegando a dois bilhões de reais”, revela Cláudio Almeida Faria, gerente-corporativo de Relações Institucionais da companhia.

Com uma média de 200 mil entregas mensais, a Pif Paf segue regras de distribuição verticalizada com origem na produção dos animais, passando pela produção industrial e pelos centros de distribuição até o ponto de venda. Faria destaca o fato de que, no caso da atuação dos frotistas, o envolvimento no processo é de extrema importância. “Cuidados com o manuseio das mercadorias e com a garantia de temperatura da indústria ao consumidor são determinantes para a qualidade dos produtos congelados. Para garantir essa qualidade, os nossos parceiros investem em permanentes treinamentos e na capacitação dos seus motoristas, além de dispor de monitoramento e de rastreamento de cargas e de temperaturas”, lembra. Depois da entrega no varejo, a equipe de trade marketing da empresa passa a monitorar o processo de armazenamento e a exposição dos produtos. “Supervisores e representantes comerciais também ajudam a realizar essa tarefa.”

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