Kalunga amplia rede com modelo atacarejo

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A Kalunga, rede de lojas de material para escritório, escolar e informática,  inauguraram a sua 163ª unidade, no shopping Pamplona, na região paulistana dos Jardins.

Com 500 metros quadrados, a loja foi adaptada para oferecer mais de 11 mil itens, como é tradição da rede, para os clientes de um dos bairros mais nobres de São Paulo.

No próximo dia 3 agosto a Kalunga estreia no shopping Moxuara, em Cariacica (ES). Em setembro, no shopping Salvador, em Salvador (BA), e no shopping Midway Mall, em Natal (RN).

Recentemente, a rede se instalou em Goiás, com duas lojas, e se prepara para abrir o terceiro ponto no Estado.

Em Cuiabá (MT) deve estrear em 2018. Estão sendo planejadas unidades também em Rondônia e no Mato Grosso do Sul.

Até dezembro, a Kalunga terá inaugurado 29 lojas, sete a mais até que em 2016. Desde 2011, a empresa tem aberto 20 novas lojas a cada ano, em média.

Como se vê, a recessão não tirou o apetite dos irmãos Garcia para expandir o negócio criado pelo pai – morto em abril do ano passado, aos 85 anos – a partir de uma modesta papelaria instalada na Vila Mariana (zona Sul de São Paulo), em 1972.

“A crise criou oportunidades de crescimento”, afirma Hoslei Pimenta, há 15 anos diretor comercial da rede.

Os preços de ocupação nos centros comerciais, de acordo com ele, ficaram mais acessíveis nos últimos dois anos. “Com a elevada vacância dos empreendimentos, passamos a ser convidados a operar em shoppings.” Cerca de 60% das lojas, atualmente, estão em centros de compras.

Em até quatro anos, os irmãos Garcia ambicionam que a rede somará de 250 a 260 lojas espalhadas pelo país, quando já teriam preenchido os espaços mapeados.

Depois disso, cogitam implantar modelo de loja menor porte, de 350 metros quadrados, para atender municípios menos populosos.

Até agora, a Kalunga só opera em cidades com 200 mil habitantes, no mínimo, e lojas de 700 a 800 metros quadrados, em média.

Mesmo considerando as mesmas lojas, a receita real da Kalunga não parou de crescer nos últimos dois anos -algo próximo de 5% ao ano. Em 2017, a receita deve subir 13% ante 2016 e atingir R$ 2,36 bilhões.

A fórmula da empresa para crescer com ou sem crise, de acordo com Pimenta, é simples, como desejam os clientes: um bom mix de produtos, excelente atendimento, rapidez. Tudo isso com baixo custo operacional. “Essa era a cultura do fundador, legada e preservada pelos filhos”, diz.

A Kalunga não abre loja em área onde o custo de ocupação ultrapassa 3% do faturamento. Exceções acontecem em regiões onde a empresa ainda não é conhecida. Ainda assim, esse percentual não pode superar 3,5%.

Nos shoppings, há estabelecimentos que chegam a operar com custo de ocupação na casa de 15% a 20% sobre a receita neste período de crise, apenas como base de comparação.

“A Kalunga é uma rede de autosserviço. E a ideia é que o cliente se sirva e se sinta bem, sem precisar da ajuda de pessoas. Mas, ainda assim, temos gente bem treinada para auxiliá-lo.”

As despesas com pessoal não são elevadas. Em relação ao faturamento, a meta é que esse custo jamais ultrapasse 3% da receita da rede, onde trabalham 4 mil funcionários.

A Kalunga, de acordo com Pimenta, que por mais de 20 anos trabalhou na Casas Pernambucanas, colhe hoje os frutos por ter sido uma das pioneiras a operar no modelo de atacarejo. Com esse formato, a loja está preparada para atender os pequenos comerciantes e escritórios e também o consumidor.

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