Gestão e capacitação são ainda grandes gargalos para os varejistas

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Em evento realizado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), com cerca de 400 participantes no Espaço Fecomércio, em São Paulo, nesta segunda-feira (16), representantes da indústria, agentes de distribuição, parlamentares e entidades se reuniram para debater estratégias para enfrentar os desafios de 2016. O consultor e professor Nelson Barrizzelli, da Fundação Instituto de Administração (FIA), afirmou que o pequeno varejo continuará a ser desafiado pelas grandes redes; e esse desafio também vai atingir o agente de distribuição. “Ambos serão motivados a se modernizar”, disse na mediação do Painel Setorial, que integrou a programação do Encontro de Valor ABAD.

Trazendo uma visão sobre o varejo independente, também participaram do evento o Sebrae Nacional e  a consultoria GfK. Em sua apresentação, o diretor da GfK Marco Aurélio Lima mostrou uma pesquisa sobre o perfil do pequeno varejo alimentar, em um universo de 17 mil pontos de venda em todo o país. “É um canal que continua crescendo uma média de 6% ao ano, tanto em faturamento quanto em metro quadrado e SKUs. Portanto, é um empresário que continua otimista. Contudo, ele sabe que é preciso melhorar para concorrer com as grandes lojas”, disse.

Segundo Marco Aurélio, a gestão é o grande gargalo. Os pequenos varejistas gastam muito tempo comprando, e nem sempre compram bem. “Os agentes de distribuição têm uma importante função na profissionalização desse varejo, podendo ajudá-lo no gerenciamento de categorias, na gestão de vendas e gestão de estoques”, disse.

O presidente José do Egito destacou a importância do Varejo Competitivo da ABAD nesse sentido, cumprindo o seu papel de levar informação e profissionalizar o varejo.

Por sua vez, o gerente da unidade de atendimento setorial comércio do Sebrae, Juarez de Paula, falou sobre a campanha de movimento permanente “Compre do Pequeno”, que conseguiu a adesão de mais de 300 parceiros, entre eles a ABAD. Ele apresentou o pequeno negócio em números. Segundo ele, são 10 milhões de empresas no país (95% do total), responsáveis por 52% dos empregos formais, cerca de 17 milhões de postos de trabalho, e 27% do PIB.

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