Em 2018, 60% dos brasileiros compraram no atacarejo

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Com a lenta recuperação da economia, o consumo vem se adequando à confiança do consumidor brasileiro, que aumenta a passos curtos desde o terceiro trimestre de 2018. De acordo com estudo da Nielsen, ao longo dos últimos anos, o brasileiro tem se esforçado para manter os níveis de consumo dos produtos de alto giro. A busca por promoções, preocupações com a saúde/bem-estar e menor lealdade às marcas e aos pontos de venda, são fatores que permeiam o dia a dia do consumidor.

A resposta positiva para este comportamento foi encontrada no Atacarejo (Cash & Carry), que apresentou um crescimento de 12,3% em 2018. “Durante a crise econômica e sob a necessidade de otimizar gastos, os consumidores criaram novos hábitos e aumentaram a frequência de compra nos C&C em busca de melhores preços e ofertas. No entanto, ele mixa o canal com outros, em busca dos melhores custos benefícios de cada um”, comenta Claudio Czarnobai, líder para o Varejo Tradicional, da Nielsen Brasil.

Em média, 60% dos lares brasileiros (31,6 milhões de casas) compraram mensalmente no canal, com um crescimento de 9% versus o ano anterior. Assim como o mix do C&C com outros canais também revelou curvas ascendentes. Quando combinado com o varejo de Vizinhança, o mix apresenta crescimento de 3%, já com os Supermercados tiveram 8,6% e com as Farmácias terminaram com aumento de 29,3%. “Esse é um comportamento que tende a se manter mesmo com a expectativa de retomada da economia”, comenta Claudio. Outro fator que atuou em favor do canal é a dinâmica de abertura de lojas, que aumentou mais de 50% desde 2015.

O desempenho dos Supermercados Médios (3%) também chamou atenção. Com características de compras de reposição e maior proximidade do consumidor, é um canal que tende a seguir se desenvolvendo à medida que a renda aumente e o brasileiro volte com mais intensidade na busca por proximidade e conveniência. As cadeias regionais representam hoje 82% das lojas de Super, e contribuíram para a boa performance do formato no ano passado com abertura de lojas (38%) e crescimento orgânico (62%).

Regionalmente

Grande Rio de Janeiro apresentou maior recuperação em valor de janeiro a dezembro de 2018, com crescimento de 4,6%, finalizando o ano com percentual de -1,5% (em janeiro, era de -6,1%). O número foi impulsionado por sorvetes e chocolates, que responderam 35% do crescimento da região.

A tendência de crescimento também reflete na Grande São Paulo, que registrou aumento de valor de 3%, diferença de -3,5% em janeiro de 2018 para 0,5% positivo em dezembro. Na região, bebidas têm destaque com cerveja, suco pronto, água mineral e água de coco, bem como chocolate, que corresponde a 39% do crescimento.

O Sul apresentou baixa de 0,9% durante o ano, terminando o período com -0,5% em valor. Bebidas são responsáveis por 45% da queda de volume da região, enquanto as categorias supérfluas suavizam a retração e contribuem com 70% do crescimento em valor.

Expectativa para 2019

Apesar de ainda muito cauteloso, o consumidor que otimiza os gastos em compras de alto giro segue aproveitando oportunidades de compras em datas comemorativas do varejo, tais como a Black Friday. O brasileiro, que está mais atento à composição dos produtos, também passa a comprar mais itens de rápido consumo no e-commerce e valoriza cada vez mais a conveniência e custo-benefício.

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