Atacado distribuidor cresce 1,81% em janeiro

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Dados referentes ao mês de janeiro apontam crescimento de +1,81% do setor atacadista e distribuidor na comparação com janeiro de 2020. A primeira medição mensal do ano, segundo Banco de Dados ABAD/FIA, também apontou, como já era esperado, uma significativa queda (-8,57%) em relação a dezembro. A elevada base de comparação, devida ao consumo impulsionado pelas festas de fim de ano, tradicionalmente contribui para que janeiro apresente retração. Os dados deflacionados indicam redução de -2,59% sobre janeiro do ano passado e -9,79% frente ao mês de dezembro.

Para o presidente da ABAD, Leonardo Miguel Severini, os números, que em boa parte refletem a sazonalidade, não chegam a ser preocupantes. “O mês de janeiro é tradicionalmente fraco em todo o comércio, e historicamente há uma recuperação do crescimento ao longo dos meses seguintes”, afirma. “Assim, esse índice, que reflete um cenário que já está no passado, não nos preocupa. O que de fato deve ocupar nossa atenção é o rumo a ser tomado pela economia daqui para frente”, afirma.

Severini avalia que a sinalização política sobre os rumos da economia será essencial. “Precisamos que o Congresso agilize as reformas que estão em debate, em especial a tributária. Outra pauta capaz de promover um ajuste nas contas públicas, como a reforma administrativa, também será muito bem-vinda para aumentar a confiança dos setores produtivos, reduzir a dívida pública e promover o crescimento dos postos de trabalho, dizimados pela pandemia.”

Leonardo Miguel Severini, presidente da ABAD

A pesquisa mensal do banco de dados é realizada com um grupo representativo de empresas atacadistas e distribuidoras de todo o país. Os dados fornecidos são analisados pela FIA (Fundação Instituto de Administração) e permitem a divulgação de um im­portante conjunto de informações mercadológicas, úteis para a tomada de decisões pelos gestores do setor.

Indicadores

PIB – O Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 4,1% em 2020, totalizando R$ 7,4 trilhões. Essa é a maior queda anual da série iniciada em 1996 e interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%. O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%. No quarto trimestre, que fechou o resultado de 2020, o PIB cresceu 3,2%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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